Em Echaporã, o relógio mal marcava 22h55 na última sexta-feira (10) quando a tranquilidade da noite foi rompida por gritos de desespero. Segundo a Polícia Militar, uma mulher pedia socorro enquanto era agredida dentro da própria casa — o cenário de uma noite que terminou em prisão, faca apreendida e um grito de basta à violência doméstica.
Os policiais do 9° Batalhão de Polícia Militar do Interior receberam o chamado via COPOM e, ao chegarem ao local, ouviram a vítima suplicando para não ser agredida. Em visível estado de pânico, ela segurava o filho de apenas dois anos nos braços — a criança chorava sem parar, testemunha inocente de um momento aterrorizante.
Ao entrarem na residência, os militares flagraram o agressor segurando a mulher. Ao ser abordado, ele se limitou a dizer friamente: “não estava agredindo ninguém”. Mas as marcas do medo e o relato da vítima contavam outra história.
Ela contou aos policiais que, durante todo o dia, havia sido alvo de ofensas, empurrões e ameaças de morte. O homem, que teria usado drogas, pegou uma faca e apontou para ela e o filho, simulando golpes e chutando o ar — só parou quando viu a viatura chegar.
Dentro da casa, a polícia ainda encontrou dois invólucros plásticos contendo cocaína, além da faca usada nas ameaças. O suspeito foi algemado e conduzido, mas durante o trajeto deu trabalho: jogou-se no chão, gritou, tentou fugir e chegou a simular que estava sendo agredido pelos policiais. Mesmo assim, foi contido e levado à Central de Polícia Judiciária, onde permaneceu preso em flagrante pelos crimes de violência doméstica, ameaça, injúria, resistência e porte de entorpecente.
Como diz o ditado: “Quem planta violência, colhe prisão.” A Justiça agora seguirá seu curso, e a vítima, enfim, poderá respirar em paz — junto do filho, livre do medo que a rondava dentro de casa.
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JP Jornal O Popular comenta: A violência doméstica é uma ferida aberta na sociedade, e cada denúncia é um passo para cicatrizar essa dor. Lugar de agressor é atrás das grades — e o silêncio nunca será a melhor companhia de uma vítima.