A iniciativa
O presidente da Câmara Municipal de Marília, vereador Danilo da Saúde (PSDB), deu entrada em requerimento que será votado na próxima segunda-feira (22), solicitando a realização de uma audiência pública para debater a violência contra os profissionais de enfermagem. A proposta é que o encontro aconteça em outubro, com data ainda a ser definida, reunindo autoridades, entidades de classe e representantes da categoria.
O problema exposto
Danilo destacou que, em recente audiência promovida pelo Coren-SP na Assembleia Legislativa de São Paulo, os números assustaram até os mais acostumados com os corredores da saúde. A sondagem revelou que oito em cada dez profissionais de enfermagem já sofreram algum tipo de violência, seja verbal, psicológica ou física. Além disso, 57% dos locais de trabalho não oferecem apoio ao trabalhador vítima dessas agressões.
“Não podemos normalizar o absurdo. A maioria da categoria é formada por mulheres, cerca de 86%, e quando falamos dessa violência, falamos também de violência contra as mulheres”, frisou o parlamentar.
As causas e os impactos
Segundo os levantamentos, as principais motivações das agressões são a demora no atendimento e a falta de estrutura das instituições de saúde. Danilo pontua que isso gera um efeito cascata: prejudica a segurança dos profissionais, impacta a saúde mental e, consequentemente, compromete o atendimento prestado à população.
“É preciso abrir espaço para que a enfermagem seja ouvida, e daqui saiam propostas concretas para fortalecer os canais de denúncia, criar políticas públicas eficazes e garantir condições dignas de trabalho”, reforçou o presidente da Câmara.
Ditado popular que cabe bem
Como diz o velho ditado: “Quem cuida também precisa ser cuidado”. Não há como garantir saúde de qualidade se os profissionais que estão na linha de frente vivem sob medo, pressão e violência.
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Comentário JP Jornal O Popular:
A iniciativa do vereador Danilo da Saúde não é apenas necessária, é urgente. A violência contra a enfermagem não pode ser tratada como um problema invisível. É hora de dar voz a quem dedica a vida a salvar outras. Marília mostra que, quando o assunto é saúde, não dá para tapar o sol com a peneira: é preciso ação e respeito.