O caso que volta à tona
Na próxima quarta-feira (24), às 9h30, todas as atenções estarão voltadas para o Fórum de Marília. O pintor Washington Luiz da Conceição será julgado pelo Tribunal do Júri, acusado de tentar matar o autônomo Gilmar Lourenço, em um crime que chocou o bairro Parque das Indústrias, na zona Leste da cidade, em dezembro de 2017.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a desavença nasceu de uma dívida de apenas R$ 420 — valor referente a um serviço de pintura prestado por Washington. Ao encontrar a vítima na rua Carlos Pavarini, o pintor teria feito a cobrança, mas ouviu que o pagamento seria realizado “em outro dia”. A resposta, que poderia ser encarada como banal, virou estopim de violência.
Nove golpes de faca e a luta pela vida
Segundo o processo, Washington não pensou duas vezes: partiu para cima de Gilmar e desferiu nove facadas, atingindo regiões vitais como testa, tórax, braço, costas, cabeça e mão direita.
O que poderia ter terminado em tragédia foi interrompido por um transeunte que passava pelo local. Gilmar foi socorrido pelo Samu e levado ao Hospital das Clínicas, onde sobreviveu depois de lutar contra a morte. Já o pintor, que fugiu após o ataque, acabou preso ainda nas proximidades do crime pela Polícia Militar.
O julgamento
Conceição responde ao processo em liberdade, mas a acusação é séria: tentativa de homicídio qualificado — motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena pode chegar a 20 anos de prisão.
O caso ilustra de forma dura como “uma faísca pode virar incêndio”. Uma cobrança de pequena quantia se transformou em um ato de violência brutal, e agora o futuro do réu será decidido pelos jurados.
Comentário do JP Jornal O Popular:
Histórias como esta mostram que a violência, muitas vezes, nasce de situações simples que perdem o controle. É a prova de que a falta de diálogo pode custar caro e deixar cicatrizes para sempre. Justiça precisa ser feita, para que Marília siga dizendo em alto e bom som: aqui, a vida vale mais que qualquer dívida.
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