STF condena Carla Zambelli: 9 a 2, perde o mandato e vai cumprir prisão em regime semiaberto
O Supremo Tribunal Federal bateu o martelo: por 9 votos a 2, a deputada federal licenciada Carla Zambelli foi condenada a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. Além disso, a Corte determinou a perda do mandato parlamentar — uma decisão que pesa como chumbo no cenário político nacional.
A condenação se refere ao episódio de 2022, quando Zambelli sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo pelas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo, após uma discussão política. Cena que, até hoje, corre como “filme repetido” nas redes sociais.
No plenário virtual, o voto do relator Gilmar Mendes prevaleceu. Ele destacou que portar arma “não é salvo-conduto para perseguições armadas em plena via pública”. Ao seu lado, ministros como Alexandre de Moraes, Zanin, Cármen Lúcia, Fachin, Fux e Barroso reforçaram a gravidade do ato.
Do outro lado, em minoria, ficaram os ministros Nunes Marques e André Mendonça, que divergiram em parte, mas não conseguiram virar o jogo. Como se diz no ditado popular: “contra nove martelos, não há prego que resista”.
Além da prisão e da cassação, Zambelli também perdeu o porte de armas e deverá entregar seu armamento ao Exército. A defesa ainda tenta manobrar para reduzir danos, mas o peso da decisão já é histórico.
Vale lembrar: desde julho, a deputada está presa em Roma, em outro processo, ligado à invasão do sistema do CNJ. Na Itália, chegou a passar mal em audiência de custódia, mas continua detida.
O caso abre um precedente importante: mostra que o Supremo não fecha os olhos para excessos — e que, no Brasil de hoje, o peso da lei ainda fala mais alto que o grito das redes sociais.
Comentário do JP Jornal O Popular:
Mais do que uma condenação, o que se viu foi uma lição. No Brasil, quem tenta “fazer justiça com as próprias mãos” acaba encontrando a Justiça de verdade no caminho. Afinal, quem brinca com fogo, mais cedo ou mais tarde, se queima.
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