“Quem não deve não teme”, mas quando se trata de fé e força, a história desse padre de Cerqueira César (SP) dá o que falar. João José Bezerra, faixa-preta e vice-campeão no jiu-jítsu, agora virou alvo de investigação após uma acusação grave: a suspeita de agressão contra uma idosa de 62 anos durante uma sessão de exorcismo em uma igreja de São Manuel (SP).
A vítima registrou boletim de ocorrência contra o sacerdote, que até então era conhecido por sua dedicação ao esporte e à fé. O padre João, além de figura respeitada em sua cidade natal, já foi homenageado pela Câmara Municipal de Cerqueira César por sua conquista no tatame.
“Quem planta vento, colhe tempestade”, diz o ditado, e a situação que parecia um conto de superação e disciplina esportiva virou uma polêmica que sacode a comunidade local.
O próprio padre conta que o jiu-jítsu entrou em sua vida como um caminho de fé e superação. “Foi Deus quem me mandou praticar jiu-jítsu”, afirmou. Ele chegou ao vice-campeonato mundial na categoria faixa marrom master, mostrando que, na arte suave, era um exemplo de equilíbrio e técnica.
Mas, na semana passada, o equilíbrio parece ter ficado de lado. A suposta agressão durante um exorcismo, prática cercada de mistério e controvérsia, levantou dúvidas e reacendeu debates sobre os limites da fé e da violência.
Segundo testemunhas, a sessão teria sido tensa, e o uso da força física pelo padre chamou atenção. Uma situação que faz a população pensar: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” — seria o excesso de rigor, mesmo em nome da fé, uma justificativa para atos que ultrapassam os limites?
O caso está sob investigação da polícia local, enquanto a Igreja não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Comentário do JP Jornal O Popular
O JP Jornal O Popular reforça que fé e justiça devem caminhar lado a lado, e que nenhum método, por mais tradicional que seja, pode justificar qualquer forma de violência. A transparência nas investigações é essencial para que a verdade venha à tona e a confiança da comunidade seja restabelecida.
E para você, leitor, que acompanha de perto os fatos que mexem com nossa região, não esqueça: o nosso canal no WhatsApp está aberto para denúncias, opiniões e participação direta. Participe do canal do JP JORNAL O POPULAR Marília e Região no WhatsApp: 014997973003.