MARÍLIA — Em uma iniciativa que promete mexer nos trilhos do transporte coletivo urbano da cidade, a Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana) promoveu uma reunião estratégica com o SAF (Sistema Auxiliar de Fiscalização), reunindo representantes da sociedade civil, poder público e empresas concessionárias para debater o futuro do serviço prestado pelas viações Grande Marília e Sorriso de Marília.
No comando da mesa, Paulo Alves, presidente da Emdurb, foi eleito por aclamação para também liderar os trabalhos do SAF. Com discurso firme e olhos voltados para as melhorias que já saíram do papel, Paulo fez um verdadeiro “raio-X” da situação atual do sistema.
TRANSPORTE EM FOCO: PROBLEMAS, SOLUÇÕES E AVANÇOS
Durante o encontro, Alves destacou que 70% dos pontos de ônibus já foram reformados, resgatando a dignidade dos passageiros. “Quando assumimos, em janeiro, era ponto caindo aos pedaços pra todo lado. Agora, o povo espera o ônibus com mais respeito”, afirmou o presidente. A manutenção, segundo ele, agora é responsabilidade da Emdurb — e não mais das empresas.
A fiscalização dos veículos também foi tema quente. Pneus, lotação e condições gerais foram verificados, com ajustes já executados pelas concessionárias. Para reforçar a transparência e segurança, toda a frota passou a contar com GPS, permitindo que qualquer cidadão acompanhe o trajeto dos ônibus em tempo real — um avanço que coloca Marília na rota da modernização.
A CIDADE CRESCE, E O ÔNIBUS TEM QUE CHEGAR JUNTO
Entre as pautas mais relevantes, esteve a dificuldade de integração entre o planejamento urbano e a mobilidade. Novos bairros, como Vida Nova Paraíso, Santa Madalena e o futuro EcoVille, já estão no radar das empresas. Segundo a Emdurb, as linhas estão sendo adaptadas, com rotas específicas para atender áreas como o Mercado Livre e o Campina Verde/Julieta, que ganharam atenção especial após crescimento populacional.
“Tem bairro novo surgindo que parece que brotou do chão, mas sem pensar no ônibus. Não dá mais pra correr atrás do prejuízo. Temos que planejar junto desde o começo”, pontuou um dos participantes.
NOVA TARIFA? POR ENQUANTO, NEM PENSAR
Em meio às discussões, uma das empresas protocolou solicitação para aumento da tarifa — de R$5,75 para R$8,38. Mas o pedido foi barrado por falta de requisitos técnicos no protocolo. O SAF, portanto, sequer discutiu o mérito. Alívio, ao menos por ora, para o bolso do trabalhador mariliense.
DEMOCRACIA SOBRE RODAS
O encontro contou com a presença do Procurador Geral do Município, representantes das empresas concessionárias, lideranças comunitárias, sindicais e usuários do sistema. Todos tiveram direito à palavra. Uma nova reunião foi marcada para outubro, respeitando a periodicidade bimestral do SAF.
Encerrando os trabalhos, Paulo Alves foi direto:
“Vamos remodelar o sistema operacional de transporte coletivo, com planejamento e ouvindo quem anda de ônibus todo dia. É a sociedade que aponta o caminho. E a gente precisa escutar.”
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JP JORNAL O POPULAR comenta:
Quando a comunidade é ouvida, a cidade anda. Literalmente. O transporte coletivo é espinha dorsal da mobilidade urbana — e com diálogo, transparência e planejamento, Marília pode, sim, fazer o ônibus passar na hora certa, no ponto certo, para quem mais precisa. A gente segue acompanhando e cobrando, porque é o povo quem paga a passagem… e o nosso respeito também.