“Quem ensina com o coração, transforma mais do que educa.”
Foi com essa pegada mais humana que a Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Educação, participou na última terça-feira (29), em Pompeia/SP, de um importante encontro regional voltado ao replanejamento escolar. O destaque do evento ficou por conta da palestra “Educação Afetiva e Humanizadora”, conduzida pelo renomado professor e filósofo César Nunes, referência nacional no assunto.
Promovido pela Secretaria de Educação e Cultura de Pompeia — sob o comando de Claudine Pinheiro — o evento reuniu profissionais da educação de toda a região. Marília foi representada pela supervisora de ensino da Educação Básica, Denise Oliveira Fontes, pelo psicólogo Gilson Cardoso e pela assistente técnica Fernanda Casagrande.
Denise destacou a importância da afetividade como ponte para uma educação mais eficaz. “A fala do professor César nos lembra que o acolhimento e o olhar atento do educador são tão essenciais quanto o conteúdo que ele ensina. E o mesmo vale para o professor: ele também precisa ser valorizado e respeitado no ambiente escolar”, ressaltou.
Educar com afeto não é “mimimi”, é compromisso
Em tempos em que a sala de aula carrega muito mais do que lousa e giz, falar de uma educação humanizadora é como jogar luz no caminho de quem lida diariamente com desafios pedagógicos e emocionais. Afinal, como diz o ditado: “pau que nasce torto, se bem cuidado, pode sim crescer reto”. E é esse cuidado que César Nunes defende com paixão e experiência.
Natural de Congonhinhas (PR), com vivência na roça e uma trajetória marcada pela formação religiosa e humanista, Nunes tem mais de 40 anos dedicados ao magistério. Professor titular da Unicamp, ele já formou gerações de educadores e é autor de diversas obras na área de Filosofia da Educação.
Durante sua fala, ele destacou que a afetividade não é um detalhe, mas sim o alicerce de qualquer processo de ensino que realmente funcione. “Educar é mais do que ensinar. É escutar, acolher, caminhar junto. Quem não enxerga o outro como ser humano, dificilmente será lembrado como um bom educador”, resumiu o filósofo.
Marília segue firme no propósito de valorizar quem educa
Segundo a secretária municipal da Educação, professora Rosemeire Frazon, essa participação é parte de um movimento maior dentro da rede municipal. “Temos incentivado e valorizado a formação dos nossos profissionais, principalmente com foco no acolhimento e no trabalho mais humanizado. Por isso, vamos dar continuidade a estas ações”, afirmou.
Rosemeire acredita que investir em capacitações com esse enfoque é “pregar prego com cabeça” — ou seja, é agir com firmeza, sabedoria e propósito.
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JP JORNAL O POPULAR comenta:
Educação não se faz só com lápis e caderno, mas com afeto, escuta e respeito. Enquanto muitos ainda tentam ensinar “no grito”, iniciativas como essa mostram que a transformação começa pelo coração. Porque onde há afeto, há aprendizado.


