Golpe da falsa identidade em Bauru vira caso de polícia e levanta alerta para vendas online
“Quem vê cara não vê CPF” — e foi nessa que uma loja de carros de Bauru acabou caindo no conto do vigário moderno. Um homem, que se apresentou com nome, documentos e conversa de boa praça, está sendo investigado pela Polícia Civil após aplicar um golpe cinematográfico em plena luz do dia.
O caso, registrado na última quarta-feira (23), aconteceu no último dia 11 de julho. De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito chegou à loja, na Rua Antônio Alves, no Centro de Bauru, dizendo ser outra pessoa. Com documentos aparentemente em ordem, assinou contrato e saiu de lá com um carro ano 2011 — tudo com direito a financiamento aprovado… ou quase.
Dias depois, o banco bateu o pé e recusou o financiamento após detectar irregularidades nos documentos apresentados. O alerta acendeu de vez quando o vendedor entrou em contato com a verdadeira pessoa que constava no contrato — e ela negou qualquer envolvimento na compra.
Foi aí que o castelo de areia começou a desmoronar. O próprio funcionário da loja, desconfiado, foi atrás e localizou o suspeito. A Polícia Militar foi acionada, e o cerco fechou.
O carro já havia sido repassado — como dizem nos grupos de venda no Facebook — como “veículo não pago”. A PM encontrou o automóvel na casa de uma mulher que afirmou ter comprado o carro por R$ 8.400 via Pix. Ela disse ter visto o anúncio online e alegou que não sabia de nada errado com o veículo. Como diz o ditado: “quem compra barato, às vezes paga caro depois.”
O suspeito, a mulher e o representante da loja foram levados até a delegacia. O caso foi registrado como estelionato e uso de documento falso. O carro foi apreendido e devolvido à loja, mas a pulga atrás da orelha continua: a polícia agora investiga se há mais gente envolvida no esquema.
Comentário do JP JORNAL O POPULAR:
Em tempos de golpe digital e esperteza na praça, vale o alerta: desconfie de preços baixos demais, anúncios duvidosos e negócios que parecem bons demais pra ser verdade. E lembre-se: a internet é terra sem cerca, mas a justiça ainda tem cerca elétrica.
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