Uma operação de tirar o fôlego — e a liberdade dos criminosos. A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (22), em São Paulo, um dos cabeças de uma quadrilha que tinha um método cruel e sofisticado: trocar etiquetas de bagagens nos aeroportos para enviar drogas à Europa. O desfecho faz parte da 4ª fase da Operação Colateral, batizada agora de Last Call, que vem desmontando, peça por peça, o quebra-cabeça criminoso que já deixou até inocentes atrás das grades.
O golpe era o seguinte: os traficantes trocavam a etiqueta de malas de passageiros comuns por outras cheias de cocaína. O alvo da vez? Passageiros brasileiros que embarcavam sem suspeitar que suas malas estavam sendo substituídas por verdadeiras bombas-relógio internacionais.
Um dos episódios mais chocantes aconteceu em março de 2023, quando duas passageiras de Goiânia foram presas injustamente na Alemanha ao desembarcarem com malas que, na verdade, estavam recheadas de droga — e eram da quadrilha. Elas passaram 38 dias na prisão, longe da família e sem entender como viraram criminosas da noite para o dia. Um verdadeiro pesadelo causado pela ganância alheia.
Mesmo com a maioria da quadrilha desarticulada à época, um líder escapou do cerco. A caçada durou seis meses, até que a PF finalmente localizou o foragido, que foi preso na capital paulista nesta manhã. Um “último chamado” que ele não pôde ignorar.
“Quem com bagagem alheia trafica, com a própria liberdade paga”. A lição está dada. O esquema era internacional, o prejuízo foi humano e a resposta, como sempre, veio com a força da lei.
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JP JORNAL O POPULAR comenta: Em um mundo onde inocentes são arrastados por tramas sórdidas, a verdade sempre encontra seu caminho. Justiça tarda, mas quando vem, é certeira como raio em céu limpo.
