JUSTIÇA EM MARÍLIA: HOMEM É CONDENADO POR EXPOR COLEGA APÓS CASO EXTRACONJUGAL

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A Justiça Estadual de Marília condenou um homem por difamar e expor, de forma vexatória e ilegal, uma colega de trabalho após o fim de um relacionamento extraconjugal. O caso, que correu na esfera criminal, escancarou práticas de vingança íntima, assédio moral e violência psicológica — crimes que, infelizmente, ainda são cometidos com frequência dentro e fora dos ambientes de trabalho.

O relacionamento entre os dois colegas ocorreu em 2020, enquanto trabalhavam em uma indústria de alimentos da cidade. Após cerca de oito meses, a mulher decidiu encerrar o envolvimento amoroso. A partir daí, o acusado passou a perseguir a ex-companheira, ameaçando-a com a divulgação de imagens íntimas registradas durante o período em que mantinham encontros em motéis.

Nas mensagens enviadas, o homem dizia que ela “perderia tudo”, que seria “envergonhada”, e que todos saberiam que ela não era a “santa que aparentava ser”. As ameaças foram cumpridas: imagens e vídeos foram divulgados para outros funcionários da empresa, nas redes sociais, para familiares da vítima — e até mesmo para o marido dela, que, à época, estava internado em uma UTI.

A situação ganhou contornos ainda mais graves quando o acusado foi até a casa da mãe da vítima, acompanhado da própria esposa, para exibir o conteúdo íntimo. A idosa passou mal diante das imagens.

A mulher procurou a polícia e registrou Boletim de Ocorrência por difamação. O caso foi judicializado e o réu, ao final do processo, acabou condenado a quatro meses de detenção, com a pena convertida em multa. Cabe recurso da decisão.

OPINIÃO DO JP JORNAL O POPULAR:
A decisão da Justiça em Marília é um alerta claro e necessário: a honra e a privacidade das pessoas não são moedas de troca e muito menos munição para quem não aceita o fim de uma relação. O uso de imagens íntimas como forma de vingança é um ato criminoso, que fere a dignidade da vítima e exige punição exemplar. O tribunal fez sua parte, mas a sociedade também precisa fazer a sua: romper com a cultura da culpabilização da vítima e denunciar esse tipo de violência.

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