Por JP Jornal O Popular
A casa caiu! O ex-prefeito de Rio Claro, João Teixeira Junior, mais conhecido como Juninho da Padaria, foi condenado a devolver a impressionante quantia de R$ 112 milhões aos cofres públicos. A decisão judicial, que caiu como um raio no cenário político da região, ainda suspende os direitos políticos do ex-chefe do Executivo por oito anos. E não para por aí: ele também está proibido de contratar com o poder público por cinco anos e terá de pagar multa no mesmo valor do rombo apontado.
Segundo a sentença, fruto de uma ação civil de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Juninho teria cometido uma verdadeira “salada administrativa” durante seu mandato entre 2017 e 2020. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) reprovou as contas da Prefeitura nos anos de 2018 e 2019, evidenciando descontrole total nas finanças.
Só para dar um gostinho do tamanho da encrenca:
- Em 2018, foram R$ 16,5 milhões deixados de pagar ao Instituto de Previdência Municipal.
- Em 2019, o buraco foi ainda maior: déficit de R$ 14,6 milhões na execução orçamentária.
- O TCE-SP alertou a prefeitura sete vezes sobre a necessidade de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas, ao que tudo indica, os alertas foram jogados no lixo.
E como diz o velho ditado: “Quem não deve, não teme… mas quem deve, corre da conta.”
Juninho, em pleno ano pré-eleitoral, mesmo acima do limite prudencial com os gastos com pessoal, ainda arrumou tempo (e espaço no orçamento) para contratar gente e pagar horas extras — uma prática claramente vedada pela LRF.
E o que ele fez quando mandaram cortar os comissionados?
Fez uma “gambiarra jurídica”: exonerou os indicados e recontratou como temporários, mantendo a turma no cabide sem perder o trem da política.
A defesa do ex-prefeito já avisou que vai recorrer da decisão — mas o peso da sentença já colocou Juninho no olho do furacão político e jurídico. Ele que se cuide, porque a conta, dessa vez, veio salgada.
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📢 Comentário do JP JORNAL O POPULAR:
“Juninho da Padaria pode até ter sido um bom padeiro, mas como gestor, deixou muito fermento fora da receita e a massa estourou. Agora, a Justiça tenta limpar a bagunça que ficou no forno por anos. Em tempos de transparência, político que mete a mão no bolso do povo tem que pagar o preço — com juros, correção e vergonha na cara.”
