PF solta o verbo e “passa o cerol” em cativeiro clandestino no interior paulista: quase 80 aves silvestres são resgatadas em Dois Córregos na Operação Free Bird
Por Alan Teixeira – JP Jornal O Popular
Na manhã desta quarta-feira (11), o céu de Dois Córregos, no interior de São Paulo, ficou mais perto de voltar a ser livre. Isso porque a Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar Ambiental, deflagrou a Operação Free Bird — ou “Pássaro Livre” — e resgatou 78 aves silvestres que viviam em cativeiro, como se fossem prisioneiras sem culpa no cartório.
Com três mandados de busca autorizados pela Justiça Federal de Bauru, os federais chegaram com tudo e encontraram mais do que penas e poleiros. A vistoria revelou anilhas de identificação adulteradas e duplicadas, além de documentos e crachás de aves que já teriam batido asas pro céu há tempos, mas ainda assim eram usados como fachada. O que chocou até os mais experientes foi a descoberta de aves mortas, congeladas em freezers, como se fossem estoque de uma crueldade sem tamanho.
E o bicho pegou de vez quando surgiram indícios de tráfico internacional de aves para os Estados Unidos. Isso mesmo: o esquema, ao que tudo indica, ia além da fronteira e já estava com um pé (ou melhor, uma asa) no exterior.
Além das aves, a operação também apreendeu celulares, computadores e documentos que agora vão passar pelo “pente-fino” da investigação. O responsável pelo criadouro ilegal deve responder por crime ambiental, falsificação de selo público e tráfico internacional de animais. A pena pode voar longe, e o “passarinheiro” pode acabar cantando… mas dessa vez, na frente do juiz.
Como diz o povo: “cada gaiola tem seu dia de abrir a porta” — e, desta vez, a liberdade bateu asas com a força da lei.
Comentário do JP Jornal O Popular
Aqui no JP, a gente sempre bate nessa tecla: natureza não é enfeite de sala nem mercadoria de exportação! Bicho tem que estar solto, voando livre. Parabéns à PF e à PM Ambiental por essa ação de tirar o chapéu — ou melhor, tirar a grade da frente das asas. E que a Justiça cante mais alto que os infratores.
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