✍️ Por JP Jornal O Popular
Um crime de extrema crueldade abalou a zona Sul de Marília e expôs, mais uma vez, a escalada da violência em áreas dominadas pelo tráfico. A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) investiga a morte de um homem encontrado com as mãos e pernas amarradas por cordas e a boca tapada com esparadrapo, em um porão localizado na favela do Parque das Azaléias.
A vítima, ainda não identificada oficialmente, é um homem branco, aparentando entre 30 e 40 anos de idade. Segundo os peritos, o corpo já estava em decomposição, indicando que o homicídio pode ter ocorrido há cerca de três dias. A descoberta foi feita após a Polícia Militar receber uma denúncia anônima apontando a existência de um cadáver em uma residência precária, situada próximo a pontos conhecidos de venda de drogas.
No local, os policiais foram recebidos por um morador de rua, que indicou o porão onde o corpo estava escondido. A cena encontrada chocou até os agentes mais experientes. Um homem, amarrado, amordaçado e sem qualquer possibilidade de defesa. Um recado cruel, típico de execuções associadas ao crime organizado.
A DIG apurou que a vítima morava naquele imóvel há quatro ou cinco meses, mas sua identidade ainda é desconhecida. O Instituto Médico Legal (IML) aguarda os exames necroscópicos para determinar a causa da morte e possíveis sinais de tortura. Uma pessoa chegou a ser detida, mas foi liberada após negar envolvimento.
Este é o quinto homicídio registrado em Marília neste ano — um número que preocupa, principalmente quando os métodos usados revelam um padrão de violência cada vez mais frio e calculado.
“A brutalidade deste caso não pode ser tratada como mais um número. Alguém amarrou, amordaçou e deixou esse homem morrer como um animal. O Estado precisa reagir”, afirmou um investigador sob anonimato.
A Polícia Civil mantém as diligências e não descarta ligação com o tráfico de drogas ou acerto de contas. Testemunhas estão sendo ouvidas e a expectativa é que as próximas 48 horas sejam cruciais para o avanço das investigações.
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Comentário JP Jornal O Popular:
Enquanto a criminalidade se organiza, o poder público hesita. Marília não pode se acostumar com corpos amarrados em porões. É hora de respostas, justiça e ação. Vidas estão sendo apagadas no silêncio da madrugada — e nós não vamos nos calar.
