Dez Anos de Espera: Caso de Lavagem de Dinheiro em Marília Só Vai a Júri em 2026
Denúncia de 2016 sobre empresário e seis réus gera busca, apreensão e longa tramitação na 1ª Vara Criminal
Por JP Jornal O Popular
Quem espera sempre alcança — mas, no mundo da Justiça, às vezes a espera vira novela. Uma denúncia de lavagem de dinheiro que começou em 2016 só terá audiência marcada para 2026 na 1ª Vara Criminal de Marília. Dez anos para subir ao palco do tribunal um processo que investiga patrimônio levantado com recursos de contravenção, como jogos ilegais.
Operação inicial e suspeitas de contravenção
Em 2016, a polícia realizou uma operação de busca e apreensão contra um empresário identificado apenas como M.M.L. e mais seis investigados. A suspeita: usar dinheiro de jogos de azar e outras contravenções para comprar imóveis, veículos e “esquentar” recursos sujos — o famoso “lava a grana e esconde o rastro”.
Como diz o ditado, “quem não deve, não teme”, mas no tapetão da Justiça, demora para o jogo virar.
Decisão judicial mantém bloqueio de bens
No despacho mais recente, o juiz da 1ª Vara Criminal concluiu que, nesta fase, não há motivo para absolvição sumária:
“Não se vislumbra, prima facie, a existência de causa excludente da ilicitude ou culpabilidade.”
Ou seja: ainda não apareceu nada que descarte a acusação. E, por isso, o pedido do empresário para levantar o sequestro de bens foi negado. A “mão pesada” da Justiça continua segurando imóveis e valores até o julgamento.
Audiência só em 2026: a lentidão que consome esperanças
Enquanto isso, o processo segue seu rito — recursos, despachos, perícias e, finalmente, a audiência de instrução em data a ser confirmada no ano que vem. Dez anos separam a investigação do primeiro ato de julgamento. É tempo suficiente para “chover canivete e secar a barragem”, como diz o povo.
Moradores e vítimas de contravenções vêm acompanhando o caso. Para muitos, a demora é injusta — afinal, “justiça tardia é quase injustiça”, alerta um ditado popular.
O que vem pela frente
- Perícia financeira detalhada sobre o patrimônio sob bloqueio;
- Oitiva de testemunhas de acusação e defesa;
- Debates sobre provas documentais e digitais;
- Julgamento em plenário, com possibilidade de recursos ao Tribunal de Justiça.
Até lá, os bens sequestrados continuam sob tutela da Justiça, e os acusados seguem em liberdade ou prisão, conforme decisões posteriores.
Comentário do JP Jornal O Popular:
“Dez anos esperando audiência é tempo demais para quem busca respostas e reparação. A lentidão do processo penal pode virar maratona de recursos, mas o JP estará na linha de chegada, cobrando celeridade e transparência. Porque ‘justiça que anda devagar, atrasa a paz do povo’.”
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