“Lentíssima Juíza”: erro de digitação ou indireta judiciosa?
Um “escorregão” que virou meme nos corredores da Justiça. Foi exatamente isso o que aconteceu em uma contestação protocolada no Juizado Especial Cível de Passo Fundo (RS), quando uma advogada trocou a clássica saudação “Excelentíssima Senhora Doutora Juíza” por… “Lentíssima”. Sim, você leu certo.
A falha aparece logo no cabeçalho da peça, deixando o leitor com a pulga atrás da orelha: seria apenas um erro de digitação — daqueles que escapam mesmo após três revisões — ou uma cutucada sutil na morosidade do Judiciário?
O caso em questão envolve um pedido de indenização por ofensas via WhatsApp entre ex-companheiros. No documento, a defesa argumenta que o processo é complexo demais para tramitar no Juizado Especial. Fora o “apelido” inusitado à juíza, o restante da peça mantém o tom adequado e respeitoso, sem qualquer sinal de provocação explícita.
Nos bastidores jurídicos, o episódio virou assunto. Afinal, quem nunca sofreu com as famigeradas “gralhas” tipográficas? Esse tipo de erro — quando uma letra ou palavra trocada muda tudo — já fez até Machado de Assis parecer descuidado. E há quem diga que, no Judiciário, uma gralha pode valer mais que mil palavras… ou virar piada de corredor por meses.
Em casos recentes, como o de um recibo de ótica com o termo “cliente trouxa” e de uma portaria do Ibama publicada como “porcaria” no DOU, a lição é clara: revisar nunca é demais, mas nem sempre basta.
📌 Comentário do JP Jornal O Popular:
“Quem escreve o que quer, às vezes digita o que não quer!” No tribunal ou na vida, uma palavra trocada pode mudar tudo — ou arrancar boas risadas. Que esse episódio sirva, no mínimo, de lembrete para que até o corretor automático seja tratado com desconfiança!
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