Câmara de Marília tem sessão tensa: Nardi ex-líder do governo Daniel Alonso e vereadora Rossana Camacho votam contra interesse da população?

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Câmara de Marília: Atuação de Nardi ex-líder do governo Daniel Alonso e Rossana levanta críticas sobre favorecimento a grandes construtoras nos bastidores .

JP Jornal O Popular

A sessão desta segunda-feira (28) na Câmara Municipal de Marília foi marcada por grande polêmica e muitos bastidores tensos. Um projeto importantíssimo para o futuro da cidade – o Projeto de Lei nº 13/2025, que institui o Instrumento Jurídico Urbanístico da Contrapartida – revelou possíveis rachaduras, interesses ocultos e questionamentos sobre a real postura de alguns vereadores.

Em meio a discussões acaloradas, chamou a atenção a atuação do vereador Nardi, ex-líder do governo Daniel Alonso, e da vereadora Rossana Camacho. Ambos acabaram, direta ou indiretamente, se colocando em favor de movimentos que, segundo muitos parlamentares, atendem mais ao interesse de grandes construtoras do que ao interesse da população.

O Pedido de Vista Polêmico

A vereadora Rossana Camacho pediu vista do projeto, alegando que “não teve tempo hábil para analisar”. Disse que precisava de “mais tempo para entender os impactos do projeto”, mesmo com o projeto tramitando há quase 90 dias na Casa e tendo sido alvo de diversas reuniões, debates técnicos e apresentações específicas.

O líder do governo, vereador Custódio, contestou duramente o pedido, afirmando que:

“Foram 90 dias de amplo debate, reuniões produtivas e preparatórias, inclusive com discussões técnicas recentes. Não se justifica pedir vista agora, em cima da hora. Isso gera instabilidade, em nome de caprichos pessoais.”

Custódio pediu formalmente aos vereadores que resistissem ao pedido de vista, reforçando a importância da votação imediata para o interesse público.

O presidente da Câmara, Danilo da Saúde, colocou o pedido em votação e o placar foi expressivo: 15 votos contra o pedido de vista da vereadora Rosana Camacho.

Nardi: Defesa Duvidosa e Ligação com Construtoras?

O episódio se tornou ainda mais controverso quando o vereador Nardi, que foi líder do governo Daniel Alonso, subiu à tribuna para tentar justificar o pedido de vista de Rossana Camacho. Tentou minimizar a urgência do projeto e colocar em dúvida a necessidade da votação naquele momento.

A postura de Nardi levantou questionamentos nos bastidores: estaria ele defendendo interesses de grandes construtoras da cidade? Existiria alguma ligação direta ou indireta de Nardi com empreendimentos que seriam afetados por essa nova legislação de contrapartida? A pergunta ecoou forte entre vereadores e na plateia.

A sensação que ficou foi clara: enquanto a maioria dos vereadores buscava aprovar rapidamente um projeto que garante que grandes empreendimentos paguem sua parcela justa de contribuição à cidade (limitada a apenas 5% do custo da obra), alguns poucos parlamentares tentavam atrasar ou fragilizar o processo.

Rossana Camacho: Dúvidas Reais ou Jogo Político?

Rossana Camacho, que em passado recente fez acordos políticos com o governo municipal, parece agora adotar uma postura dúbia. Alegou ainda ter “dúvidas”, mas o que se viu foi um movimento que soou mais como uma tentativa de tumultuar o processo do que uma busca sincera por esclarecimentos.

Seus próprios colegas estranharam a postura: durante três meses, a vereadora teve acesso irrestrito a todos os estudos, reuniões e documentos sobre o projeto. Sua mudança de comportamento levantou suspeitas de jogo político, num movimento que pode fragilizar sua credibilidade com o eleitorado.

Debate Acalorado: A Primeira Prova de Vida da Câmara em 2025

Apesar dos embates, o JP Jornal O Popular destaca que o debate intenso demonstrou uma Câmara finalmente ativa e independente. Pela primeira vez em meses, o Legislativo mariliense mostrou que ainda pode promover discussões acaloradas, que ajudam a revelar intenções e interesses ocultos.

O povo de Marília espera que o embate sirva para deixar claro quem está realmente do lado da população — e quem ainda atua sob interesses escusos.

Em tempo: cabe agora aos vereadores — e também à vereadora Rossana Camacho e ao vereador Nardi — explicarem de que lado realmente estão: o do povo ou o dos grandes grupos de interesse?


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