Por JP Jornal O Popular – Marília e Região
A Polícia Federal revelou a existência de um esquema criminoso altamente sofisticado que desviou ao menos R$ 2 bilhões do FGTS, seguro-desemprego e benefícios sociais, nos últimos cinco anos. O golpe, de proporções nacionais, envolvia funcionários da Caixa Econômica Federal e atingiu diretamente milhares de brasileiros de baixa renda.
MODUS OPERANDI
O grupo acessava CPFs por meio de bancos de dados ilegais e identificava pessoas com benefícios ativos. Com a conivência de funcionários da Caixa, os golpistas alteravam e-mails cadastrados no app Caixa Tem, geravam novas senhas e passavam a controlar as contas das vítimas.
Para executar o crime em larga escala, os fraudadores utilizavam softwares que simulam múltiplos celulares, permitindo acessar simultaneamente centenas de contas. O dinheiro era transferido via PIX, sacado ou usado para pagamento de boletos.
FUNCIONÁRIOS INFILTRADOS
A apuração revelou que servidores da Caixa participavam ativamente, inclusive realizando saques diretamente no caixa. Outros forneciam dados sigilosos essenciais para a invasão das contas.
O CHEFE: “CARECA”
Segundo o Fantástico, o líder da quadrilha, conhecido como “Careca”, foi preso em 2022 no Rio de Janeiro com um comparsa. Ambos ganharam o direito de responder em liberdade, mas o notebook apreendido revelou detalhes que ajudaram a PF a aprofundar as investigações.
R$ 2 BILHÕES DESVIADOS
A Caixa reconhece o golpe bilionário e afirma que os valores foram devolvidos às vítimas. A instituição também declarou que os funcionários envolvidos foram demitidos.
Quem suspeita ter sido vítima pode procurar uma agência da Caixa ou ligar para 0800 726 0101.
NOVA OPERAÇÃO DA PF
Na última semana, a PF realizou ações simultâneas em 14 cidades do Rio de Janeiro, apreendendo celulares, computadores e novos indícios de atuação da quadrilha.
“Estamos fortalecendo os sistemas de biometria, inteligência artificial e monitoramento preditivo para evitar que fraudes assim voltem a acontecer”, afirmou o delegado da PF-RJ, Pedro Bloomfield Gama Silva.
EDITORIAL – JP Jornal O Popular
“A fraude é mais que um crime digital: é um roubo à dignidade de quem mais precisa. O combate precisa ser firme, com penas exemplares e uma reestruturação urgente da segurança digital bancária no Brasil. A impunidade não pode ser regra.”
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