
📝 Por JP Jornal O Popular – Marília e Região
Como quem diz “quem cala consente”, a ministra Cármen Lúcia não engoliu sapo e soltou o verbo ontem sexta-feira (28), durante um evento promovido pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo (ESMPSP). Ao lado de outras autoridades, a magistrada do Supremo Tribunal Federal (STF) não deixou pedra sobre pedra ao denunciar a cruel realidade enfrentada por milhões de brasileiras: a violência, a desigualdade e a exclusão dos espaços de poder.
E ela não usou meias palavras. Em alto e bom som, classificou a situação como uma verdadeira “guerra contra as mulheres”. Não é exagero: só em 2024, o Brasil registrou 20 milhões de notificações de violência contra a mulher. Isso mesmo. Um número estarrecedor que equivale a quase 10% da população do país.
“É violência física, psicológica, econômica e política. Vinte milhões de mulheres sofrendo. Isso é uma guerra!”, cravou Cármen Lúcia, com a força de quem já cansou de ver promessas vazias enquanto o sangue escorre nas estatísticas.
Lugar de mulher é onde ela quiser… mas não é o que os números mostram
A ministra também puxou a orelha da política e do Judiciário, destacando que, apesar de as mulheres serem maioria da população e do eleitorado, continuam com espaço reduzido onde se tomam as decisões. “Somos a maioria, mas nos cargos de comando e decisão somos uma minoria significativa”, disparou.
Durante o Seminário Democracia, Justiça, Política e o Futuro do Ministério Público – Perspectiva Feminina, Cármen Lúcia deixou claro que não dá mais pra fazer vista grossa. É como diz aquele velho ditado: “quem espera por justiça sentado, morre de pé”. E o alerta está dado: ou o Brasil toma vergonha e age com firmeza, ou continuará contando corpos e silenciando vozes.
Não é mimimi, é urgência
Enquanto o machismo insiste em bater o pé, a realidade mostra que a desigualdade de gênero é estrutural e urgente de ser enfrentada. O evento também contou com a presença do ministro Alexandre de Moraes, e teve como foco central estratégias para ampliar a presença feminina em cargos de liderança. Porque, convenhamos, não dá mais pra mulher ser chamada de “sexo frágil” quando enfrenta todo dia uma selva de violência e descaso.
E como diz o povo, “quem não luta por si, é comandado pelos outros”. Cármen Lúcia está lutando — e dando exemplo.
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✍️ Comentário do JP Jornal O Popular:
Na terra onde a mulher ainda precisa gritar pra ser ouvida, é bom ver vozes como a de Cármen Lúcia fazendo eco. O Brasil precisa parar de tapar o sol com a peneira e assumir: ou muda o jogo ou continuará sendo cúmplice da violência. Afinal, respeito não se pede, se exige — e se pratica.