Mãe de ex-tesoureira é presa por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha após desvio de R$ 10 milhões dos cofres públicos
O ditado já dizia: “O fruto não cai longe do pé”. Nesta sexta-feira (22), Maria da Conceição Pereira Feitosa, de 78 anos, mãe de Sueli de Fátima Feitosa, ex-tesoureira da Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), foi presa por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A condenação veio na esteira do esquema criminoso milionário liderado pela filha, que desviou mais de R$ 10 milhões dos cofres municipais.
A idosa, que recebeu pena de sete anos em regime semiaberto, foi capturada apenas dois dias após a prisão de Sueli, condenada a 21 anos e quatro meses pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Maria passará a noite na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Ourinhos (SP), aguardando audiência de custódia marcada para este sábado (23).
Relembre o escândalo O caso que abalou Santa Cruz do Rio Pardo ganhou novos desdobramentos com essa prisão. Sueli Feitosa, ex-tesoureira da prefeitura, foi acusada de desviar verba pública por impressionantes 2.291 vezes, totalizando R$ 10,9 milhões em valores atualizados.
O esquema, descoberto em 2016 após denúncia do Ministério Público, envolvia um sistema sofisticado: Sueli, responsável pela conciliação bancária, manipulava os valores que deveriam ser depositados nos bancos. Com a ajuda de familiares, os valores foram usados para comprar imóveis, veículos e abrir empresas de fachada.
Nesta semana, outros parentes da ex-tesoureira, incluindo sua irmã e cunhado, também foram presos, reforçando o ditado: “Em casa onde falta vergonha, sobra confusão.” O Ministério Público não poupou esforços para desmantelar a quadrilha, que ficou marcada como um dos maiores escândalos financeiros da cidade.
Impacto na sociedade Os moradores de Santa Cruz do Rio Pardo se mostram indignados com o caso, que simboliza a corrosão da confiança na administração pública. A prisão de Maria da Conceição é vista como um marco na luta contra a impunidade. A mensagem é clara: “Quem planta vento, colhe tempestade.”
JP Jornal O Popular
“Quando a justiça começa a dar as cartas, a esperança volta a ocupar seu lugar. Que este caso seja um alerta: o desvio de recursos públicos é crime e não ficará impune. Santa Cruz do Rio Pardo merece respeito, e o trabalho sério das autoridades nos faz acreditar em dias melhores.”