“Brasil Sob Alvo: Em 2023, Polícia Mata Mais de 4 Mil e Juventude Negra Paga o Preço Alto da Violência”

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A cada esquina, um grito silencioso ecoa. No ano de 2023, o Brasil viu, uma vez mais, a trágica marca de 4.025 pessoas mortas pela polícia em nove estados. Uma estatística que assusta e dói, especialmente para a comunidade negra, que amarga 87,8% dessas mortes. De acordo com o relatório “Pele Alvo: Mortes Que Revelam Um Padrão”, elaborado pela Rede de Observatórios de Segurança, sete pessoas negras foram mortas, em média, todos os dias nos estados monitorados. E, nessa triste dança com a morte, a juventude é quem paga o maior preço: dois terços dessas vítimas tinham entre 18 e 29 anos.

O cenário é ainda mais desolador ao observarmos a proporção das mortes por estado. Na Bahia, por exemplo, 94,6% dos mortos eram negros; em Pernambuco, o índice chega a alarmantes 95,7%. São números que não deixam dúvidas sobre a profundidade do problema. Mas como resolver, se até os dados completos sobre as vítimas, como idade e cor da pele, seguem incompletos, dificultando a criação de políticas eficazes contra a violência policial?

Dizem que “onde há fumaça, há fogo”, e a chama aqui é grande. O aumento das mortes por policiais em estados como Bahia, Pernambuco e São Paulo revela que não se trata de um caso isolado, mas de um padrão perigoso e resistente.

Conforme JP Jornal O Popular, “enquanto vidas continuarem a ser números nas estatísticas, nosso dever é transformar esses números em vozes que clamam por justiça e igualdade.”

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