Fernão, cidade do interior paulista, viu suas eleições municipais virarem o centro das atenções. E não é à toa, pois a diferença de apenas um voto colocou Éber Rogério Assis (PL) na cadeira de prefeito e Luiz Alfredo Leardini (Podemos) como seu vice. Mas o que seria uma vitória apertada virou polêmica: ambos são investigados por suspeitas de fraude eleitoral, incluindo manipulação na transferência de eleitores e possível compra de votos.
A Justiça Eleitoral, que inicialmente suspendeu a diplomação dos eleitos a pedido do Ministério Público, recuou em decisão recente, garantindo que Assis e Leardini assumam seus cargos. Em liminar, o juiz eleitoral Régis de Castilho ressaltou que, até o momento, as acusações carecem de provas sólidas, afirmando que “cautela é o pai da sabedoria” e que impedir a diplomação com base em indícios poderia ser um passo precipitado. Segundo o juiz, a decisão segue o princípio da presunção de inocência, mantendo a diplomação até que novas provas possam surgir.
Além do prefeito e vice, o vereador eleito Daniel Ferratto (PP) também foi alvo das investigações. Sua diplomação foi suspensa, e o processo aguarda decisão judicial.
As acusações se apoiam em uma série de 61 transferências de títulos eleitorais, das quais 53 eleitores teriam comparecido às urnas, contribuindo para a apertada vitória de Assis. O Ministério Público alerta que, em uma cidade com apenas 1.754 eleitores aptos, essa movimentação “pode muito bem ter virado a balança”. Mas a defesa dos eleitos sustenta que não houve irregularidades e que o direito de ampla defesa deve ser respeitado antes de qualquer julgamento precipitado.
Como dizem por aí, “onde há fumaça, há fogo”, mas a justiça garante que, sem prova concreta, não se deve tomar decisões definitivas. Em nota, Assis e Leardini reafirmaram seu compromisso com o desenvolvimento de Fernão e prometeram atuar sempre em prol da população.
JP Jornal O Popular – Porque a voz do povo nunca se cala, mas a verdade sempre prevalece.