“Aumento de Tarifa de Pneus de Passeio Pode Colocar a Segurança no Prego, Diz Estudo da ABIDIP!”

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Dizem que “não se pode tapar o sol com a peneira”, mas parece que a decisão da CAMEX em aumentar a tarifa de importação de pneus de passeio fez justamente isso. De 16% para 25%, a alta promete dar uma rasteira não só no bolso dos consumidores, mas também na segurança nas estradas, como alerta um estudo da Guimarães Consultoria, encomendado pela Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (ABIDIP).

Segundo o levantamento, a nova tarifa pode derrubar a demanda por pneus importados em até 8%, empurrando para o alto o preço dos pneus e deixando motoristas — especialmente taxistas e motoristas de aplicativo — em maus lençóis. Isso porque, com os valores subindo, muitos deverão recorrer a pneus de qualidade inferior ou até atrasar a troca, o que pode colocar mais vidas em risco nas ruas e estradas.

Mas não é só o consumidor que anda na “corda bamba”. A ABIDIP aponta para um aumento alarmante no contrabando de pneus na fronteira com o Paraguai, prática que cresceu 166% entre 2019 e 2023, segundo dados da Receita Federal. Com o novo aumento, a expectativa é que o “gato e rato” do contrabando só piore. Como bem lembra Ricardo Alípio, presidente da ABIDIP: “A situação dos pneus pode seguir o exemplo do aumento de tarifas sobre cigarros, que fez o contrabando explodir.”

Para muitos, a nova tarifa beneficia as seis grandes empresas que dominam o mercado nacional, criando um “muro” que deixa os importadores fora do páreo. A medida, que inicialmente visava proteger a indústria nacional, acabou abrindo espaço para críticas de monopólio e controle de preços. Após o anúncio do aumento, os principais fabricantes já reajustaram o valor dos pneus em até 10%.

Taxistas e motoristas de aplicativo, que somam cerca de 2 milhões de profissionais segundo dados do IBGE e da Confederação Nacional dos Municípios, são os mais prejudicados pela decisão. E não para por aí! A decisão de aumentar a tarifa para pneus de caminhão acabou sendo segurada pela ameaça de greve dos caminhoneiros, que deixaram claro em audiência na Câmara dos Deputados que a troca constante de pneus só é possível com valores mais baixos de produtos importados.

E, como diz o ditado, “o barato sai caro”. Com preços nas alturas e insegurança nas estradas, o efeito desse aumento é previsível e preocupante.

JP Jornal O Popular: “No trânsito, economizar na segurança pode sair caro — e o custo final, como sempre, é pago pela população.”

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