“Mariliense vira Furacão e traz cinturão mundial de capoeira para casa: ‘De Marília para o mundo, a ginga é nossa!’
Quando a capoeira chama, o corpo responde, e foi exatamente assim que Lucas Gabriel dos Santos Ribeiro, mais conhecido como Lucas Furacão, fez história na oitava edição do Volta do Mundo Bambas (VMB 8). Realizado em Brasília entre os dias 8 e 12 de outubro, o evento trouxe atletas do mundo todo para disputas acirradas, e quem brilhou foi o mariliense de 21 anos, que levou o título de campeão na categoria peso-leve, vencendo o adversário Borracha.
Nascido e criado em Marília, Lucas Furacão carrega a capoeira no sangue, seguindo os passos do pai e mestre, Dunga, que orgulhosamente acompanhou a trajetória vitoriosa do filho. “Se o pai é mestre, o filho é campeão! Lucas mostrou que aqui de Marília sai campeão, e foi para Brasília provar que a capoeira do interior paulista tem força, técnica e alma. Meu filho, esse cinturão é só o começo!” emocionou-se Dunga.
Com uma trajetória sólida e repleta de conquistas, Lucas já tinha se destacado antes com cinco títulos mundiais, sendo bicampeão do VMB, e agora consagra seu nome como um dos grandes capoeiristas na competição de alta performance. O jovem comemorou nas redes sociais: “Depois de muita luta e comprometimento, o cinturão é nosso! Esse título é da capoeira do interior paulista, da minha família e dos meus amigos. Muito obrigado a todos que acreditaram em mim e também aos que duvidaram. A capoeira me levou longe e prometo dar muito trabalho a quem quiser tirar esse cinturão.”
Dois espaços, um propósito: ensinar e transformar
O talento de Lucas Furacão é lapidado desde cedo nos espaços que seu pai, Mestre Dunga, dedica à capoeira em Marília. Com dois locais de ensino, a Escola Olímpio Cruz, onde as crianças aprendem a arte da capoeira às segundas e quartas-feiras das 19h às 20h, e o Poliesportivo do Jardim Santa Antonieta, onde as aulas são abertas à comunidade geral às terças e quintas das 20h às 21h30, Mestre Dunga destaca a importância de levar o esporte para todos. “A capoeira é mais do que movimento, é resistência, cultura e união. Aqui na nossa terra, todo mundo pode entrar no jogo. Se tá o pai, tá o filho, e tá todo mundo nessa roda”, afirmou ele.
Capoeira é palco e identidade
A oitava edição do VMB contou com premiações de R$ 100 mil e reuniu grandes nomes de diversas partes do mundo. A volta de renomados capoeiristas que haviam migrado para o MMA, como Cezar Mutante e Serginho Moraes, reforçou a grandiosidade do evento, que também teve palestras, oficinas e lutas infanto-juvenis.
Para Lucas, a vitória em Brasília foi mais um capítulo de uma trajetória que ele começou ainda criança, inspirado pelo pai. “A capoeira me fez ir longe, e quero levar ainda mais gente junto”, disse ele.
“A arte de se reinventar, vencer e girar a vida numa roda de capoeira… é isso que Marília faz e mostra ao mundo!” — JP Jornal O Popular