Candidato Bilionário, Golpe Milionário: João Pinheiro no Centro de Escândalo Internacional
João Pinheiro (PRTB), candidato à Prefeitura de Marília e o homem mais rico entre os concorrentes do Brasil, está sob os holofotes por motivos polêmicos. Um empresário do setor açucareiro dos Estados Unidos, Andrew Choi, acusa Pinheiro de ter descumprido um contrato no valor de US$ 6,8 milhões (R$ 36,9 milhões) e não entregar 20 mil toneladas de açúcar compradas para exportação à China.
Choi, que conheceu o candidato durante eventos no Brasil e até em festas de peão no interior paulista, registrou um Boletim de Ocorrência por estelionato, confirmado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). O processo, que começou de maneira lenta devido ao fato de o BO ter sido registrado online de outro país, agora se desenrola na delegacia de Marília. Segundo o empresário, após pagar adiantado US$ 2,04 milhões (R$ 11,09 milhões), Pinheiro não entregou a mercadoria e tampouco devolveu o dinheiro.
“Já se passaram mais de quatro meses, e o açúcar que deveria ter sido entregue há três, simplesmente não apareceu”, desabafou Choi em entrevista. Ele afirma que chegou a comprar passagens para acompanhar o carregamento no porto de Paranaguá, mas foi orientado por Pinheiro a adiar a viagem, com a desculpa de que a carga ainda não estava pronta. “Ele me enrolou o tempo todo, mas o produto nunca chegou.”
Essa acusação adiciona uma nova mancha no histórico de João Pinheiro, que já foi condenado por estelionato no mês passado, pela Justiça em Marília, e deve cumprir uma pena de mais de dois anos. Sua declaração de bens impressiona: R$ 2,8 bilhões, valor que supera em 80% o orçamento de Marília para 2024, estimado em R$ 1,6 bilhão. No entanto, essa riqueza contrasta com a denúncia de Choi, que luta para reaver o dinheiro investido.
O que diz o candidato
Pinheiro, por sua vez, confirma que não entregou a carga, mas afirma que isso se deveu a atrasos na conversão de moeda e questões burocráticas do câmbio. Ele garante que parte da carga já estava no Brasil e que o empresário não completou o pagamento. Quando questionado sobre a razão de não devolver o valor antecipado ou exigir o restante do pagamento, Pinheiro usou uma justificativa vaga: “o mercado de exportação é complexo”.
O UOL tentou investigar mais detalhes no porto de Paranaguá, mas a assessoria de imprensa local informou que seria impossível rastrear a carga sem mais informações concretas sobre o navio e a transação.
Como diz o velho ditado: “Onde há fumaça, há fogo”. E parece que a fumaça em torno da candidatura de João Pinheiro está ficando cada vez mais espessa. “Quem não deve, não teme”, mas até agora, o candidato bilionário ainda não conseguiu provar que está agindo de boa-fé.
JP Jornal O Popular
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