A Polícia Civil de Marília está investigando o que pode ser um dos casos mais chocantes envolvendo falhas no sistema de saúde local. A morte de uma bebê de apenas sete meses, internada no Hospital Materno Infantil, está cercada de suspeitas e gerou uma onda de revolta. Segundo a família, o hospital comunicou a morte da criança não uma, mas duas vezes, deixando os pais em um pesadelo de confusão e dor.
De acordo com o boletim de ocorrência, a primeira notificação da morte ocorreu no dia 11 de setembro, apenas dois dias após o nascimento da bebê, que estava na UTI Neonatal. A mãe foi chamada ao hospital e recebeu a notícia de que sua filha havia falecido devido a uma parada cardiorrespiratória. Em um dos momentos mais dolorosos de sua vida, a mãe recebeu o corpo da bebê completamente embrulhado, inclusive com a cabeça coberta. No entanto, ela notou algo incomum: o corpo da filha estava quente e aparentava estar respirando. Um choque para qualquer mãe que, instintivamente, percebeu que algo estava errado.
“Isso não é espasmo”, teria dito uma funcionária da enfermagem, tentando acalmar a mãe, mas sem convencer. Como diz o ditado, “onde há fumaça, há fogo”, e a suspeita de que a bebê ainda estava viva se confirmou de forma assustadora. Cerca de uma hora depois, a família foi informada de que a bebê havia sido reanimada e que ainda estava lutando pela vida.
Após mais cinco dias de internação, a bebê veio a falecer definitivamente no dia 16 de setembro. Para os pais, o trauma se agravou pela sensação de que houve uma falha irreparável na assistência durante o primeiro episódio de parada cardiorrespiratória, momento em que a equipe médica acreditou, erroneamente, que a bebê já havia falecido.
Agora, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e a família busca respostas. Para eles, o ditado popular “errar é humano, mas persistir no erro é fatal” nunca fez tanto sentido. O boletim de ocorrência foi registrado e um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias exatas dessa tragédia.
No fim das contas, é a confiança na assistência médica que fica abalada, e a justiça é o único consolo que a família espera encontrar.
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