Saiba como funcionava esquema de lavagem de dinheiro feita por socialite suspeita de desviar R$ 35 milhões

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A empresária Samira Monti Bacha Rodrigues, de 40 anos, foi presa na última quarta-feira (26), em Nova Lima, na Grande BH, suspeita de desviar aproximadamente R$ 35 milhões de três empresas e lavar o dinheiro, convertendo-o em itens de luxo, como joias, relógios e bolsas. A prisão ocorreu após uma investigação detalhada da Polícia Civil, que resultou na apreensão de bens avaliados em R$ 15 milhões na casa da suspeita.

Samira, que é sócia de várias empresas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, utilizava sua posição de gestora para executar os golpes. Segundo o delegado Alex Machado, da delegacia especializada no combate a crimes tributários, a socialite cooptava funcionários de uma empresa de cartões de benefícios para maquiar planilhas, facilitando o desvio de recursos.

Esquema de Fraude

O esquema começou em uma administradora de cartões de benefícios, onde Samira aumentava os limites dos cartões e cooptava novas pessoas. Descobrindo a possibilidade de utilizar esses cartões em operações fraudulentas com agiotas, ela passou a gastar até R$ 500 mil por mês, apagando as dívidas do sistema.

Posteriormente, Samira migrou para uma companhia do mesmo grupo, especializada em crédito para a classe médica, onde ampliou suas fraudes. Ela simulava operações financeiras de grande valor, que eram liberadas e depositadas diretamente em sua conta bancária.

Na fase final de seu esquema, Samira atuava em uma empresa de antecipação de recebíveis, onde simulava pedidos de valores altos, que eram liberados para sua conta. A socialite estava prestes a fugir com todo o dinheiro quando foi descoberta por um funcionário.

Apreensões e Prisões

Durante a operação, a polícia apreendeu diversos itens de luxo na residência da empresária, incluindo dezenas de bolsas de grife, relógios, equipamentos eletrônicos, dinheiro em espécie, uma pulseira de diamantes e um carro de R$ 600 mil. Entre os 11 presos na operação estava Leonardo Monti Bacha, irmão de Samira, além de outras cinco pessoas que foram liberadas.

Vida de Luxo

Samira Monti Bacha Rodrigues, que realizava frequentes viagens internacionais para adquirir artigos de luxo, gastou US$ 148 mil em joias em Dubai. No momento da prisão, ela estava em seu apartamento de R$ 6 milhões em um condomínio de alto padrão.

As investigações apontam que a socialite começou a cometer as fraudes em 2020, dois anos após se tornar sócia de uma administradora de cartões de benefícios a convite de um amigo. Desde então, ela utilizava sua posição para apagar dívidas e desviar grandes quantias de dinheiro.

A polícia continua as investigações para rastrear o destino de todo o dinheiro desviado e identificar possíveis cúmplices envolvidos no esquema.


Redação: Alan Teixeira
JP Jornal O Popular

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