Em um anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo federal revelou sua proposta para o salário mínimo de 2025: R$ 1.502, representando um aumento nominal de 6,37% em relação ao valor atual, de R$ 1.412. Este reajuste, alinhado com a meta de valorização do salário mínimo do presidente Lula, inclui um acréscimo de R$ 90.
O incremento, que está inserido no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviado ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (15), é composto por um reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses até novembro do ano anterior, somado à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, resultando em uma alta de 2,9% em 2023.

Além disso, o PLDO apresenta estimativas para os próximos anos, com projeções preliminares de R$ 1.582 para 2026, R$ 1.676 para 2027 e R$ 1.772 para 2028, sujeitas a revisões nos próximos projetos.
Cada aumento de R$ 1 no salário mínimo acarreta um impacto significativo nas finanças públicas, aproximadamente R$ 370 milhões no Orçamento. Isso se deve ao vínculo do salário mínimo com benefícios previdenciários, como a Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros. Na Previdência Social, estima-se um acréscimo de R$ 66,7 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 63,1 bilhões na arrecadação.
Entretanto, é importante ressaltar que o valor proposto para o salário mínimo em 2025 ainda está sujeito a alterações, dependendo do valor efetivo do INPC deste ano e da política de reajuste a ser adotada. Conforme a legislação vigente, o presidente da República tem a obrigação de publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor definitivo do piso para o ano subsequente.
Em 2024, o salário mínimo está fixado em R$ 1.412, registrando um ganho real de 3% em comparação com 2023. Esse valor corresponde ao INPC acumulado nos 12 meses até novembro de 2023, que totalizou 3,85%, somado ao crescimento de 3% do PIB em 2022.