O autônomo Paulo Silas da Silva Caetano está programado para ser julgado na quarta-feira (3), a partir das 9h30, no Fórum de Marília. Ele é acusado do assassinato de Franco Nero de Moraes, servente de pedreiro de 33 anos, em um crime que ocorreu em setembro de 2021, no Jardim Renata, zona Norte da cidade.
De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o crime aconteceu na noite de 26 de setembro, por volta das 23h45, em uma residência na rua Lupércio Rodrigues de Campos. O filho da vítima entrou na casa pedindo ajuda aos moradores, pois informou que iriam matar seu pai. Em seguida, Moraes foi encurralado na garagem da residência por quatro criminosos. Um deles disparou uma pistola calibre 9 milímetros, atingindo Moraes quatro vezes. O servente de pedreiro não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
Uma testemunha do crime relatou que o autor dos disparos disse: “Paga, paga. Agora você vai pagar”, antes de fugir junto com os comparsas em direção desconhecida.
A investigação da Polícia Civil revelou que o crime foi motivado por vingança. Moraes havia sido recentemente libertado da prisão, onde estava detido sob acusação de assassinar o autônomo Adilson Caetano, de 42 anos, em dezembro de 2020, no Jardim Santa Antonieta, também na zona Norte de Marília.
Segundo depoimento de uma testemunha à delegacia especializada, a vítima foi perseguida e executada a tiros por Caetano, que é sobrinho de Adilson. O delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio relatou: “No decorrer das investigações, chegaram informações de que a vítima teria sido agredida por um grupo formado por quatro indivíduos, mas a testemunha protegida nos relatou que Franco Nero foi perseguido por alguns quarteirões por várias pessoas, não sabendo especificar um número exato, nem quem eram estas pessoas, e afirmou ter visto apenas Paulo Silas atirando na vítima.”
O autônomo, atualmente detido, foi indiciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima). Se condenado, poderá enfrentar uma pena de até 30 anos de prisão em regime fechado.