Filha de Policial Suspeita de Fraude em Concurso Público Obtém Liberdade Provisória

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A filha de um policial, presa por suspeita de utilizar equipamentos eletrônicos para fraudar um concurso público em São Paulo, recebeu liberdade provisória após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (27).

Nadine Novello Conde Carlos, de 31 anos, foi detida pela Polícia Civil no domingo (26) após fiscais do concurso de investigador notarem comportamento suspeito durante a prova, realizada na Barra Funda, Zona Oeste da capital. Ela foi indiciada por fraude e associação criminosa.

Conforme determinado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, para usufruir do benefício, Nadine deverá atender aos seguintes requisitos:

  1. Pagar fiança de R$ 6,6 mil.
  2. Comparecer mensalmente em juízo para informar suas atividades.
  3. Manter o endereço atualizado.
  4. Não sair da cidade de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação.
  5. Não se inscrever em concursos públicos enquanto durar o processo.

Caso não cumpra qualquer dessas exigências, Nadine será reconduzida à prisão.

Durante o concurso, fiscais notaram o comportamento inquieto da candidata, que se recusou a retirar o casaco quando solicitado. Após ser conduzida para verificar o motivo do sinal sonoro emitido pelo detector de metais, descobriu-se que ela portava uma microcâmera na manga do casaco, um receptor digital dentro da calça e um ponto eletrônico escondido no sutiã.

A Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 3ª Delegacia Seccional Oeste foi acionada, mas a candidata permaneceu em silêncio quando questionada sobre o esquema. O pai de Nadine é investigador do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em São Paulo.

A Polícia Civil investigará a participação de outras pessoas no crime, examinando câmeras de segurança para identificar quem conduziu Nadine até a Universidade Paulista (Unip), onde ocorreu o concurso. Além disso, será averiguado se ela filmou ou planejava passar a prova para outras pessoas fora da universidade por meio do ponto eletrônico. O celular apreendido também passará por perícia.

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