Baseado em fatos reais e em homenagem, aos engenheiros e arquitetos de Marília, vou contar em primeira mão.
O dia era 02/01/1997, uma quinta-feira e eu, Roberto Monteiro, assumia como Secretário de Planejamento Urbano, da Administração do Prefeito Abelardo Camarinha, sabendo que o Arquiteto José Antônio Almeida, atual secretário, não era propriamente um bom exemplo de funcionário público, ao contrário, ainda é, até hoje, um representante típico, da banda podre (grosso modo falando) do funcionalismo público (felizmente, a minoria).
Dissimulado, de cara limpa, possuía alguns transtornos, distúrbios e costumava espiar e participar indevidamente do setor de aprovação de projetos, na época chefiado por uma conhecidíssima engenheira civil, destacando que havia outras funcionárias no setor.
Portanto, mesmo antes de assumir a Secretaria, repito, sabia do assédio moral, que ele praticava em relação, principalmente às mulheres, por exemplo, escondia os pertences delas, e após alguns dias, os objetos apareciam no mesmo local, características de cleptomaníaco que é um transtorno do controle do impulso, que faz, com que o indivíduo apresente um desejo incontrolável e dominador de cometer furtos, nesse caso furtos temporários.
Há 26 anos o assédio moral ainda não fazia parte da ordem do dia e as mulheres não topavam testemunhar, hoje tenho testemunhas. O máximo que pude fazer como Secretário, logo no dia 03/01, foi colocá-lo a disposição do Secretário de Administração, o saudoso e inesquecível Dr. Luiz Rossi, que o asilou por cerca de 20 anos, na Secretaria do Verde e Meio Ambiente e depois na Secretaria de Esportes, prestando “serviços” ao MAC, e que eu saiba ele nunca chutou uma bola.
Hoje, com os testemunhos seria demitido por justa causa da SPU.
Atualmente esse cartel é comandado pelo Prefeito Daniel Alonso, alguns empresários e o Arquiteto Jose Antônio Almeida que é o operador do esquema. Nesse primeiro episódio só vou citar um exemplo de aprovação indevida e imoral de projeto de interesse do próprio Secretário, processo número 39504/2017 de autoria da arquiteta Sonia C. B. de Moraes, esposa do Secretário, protocolado em 13/07/2017 e aprovado em 14/07/2017, portanto, aprovação relâmpago, em menos de 24 horas.
Enquanto isso, os demais, pobres mortais, engenheiros e arquitetos, percorrem a via-sacra, carregando a cruz da morosidade durante meses para aprovação de seus projetos.
O custo SPU, para aprovação de projetos em nossa cidade, tem afastado, e inviabilizado várias obras, que geram empregos e impostos, através da indústria da construção civil.
“Jurei não ficar nunca em silêncio, quando e onde os seres humanos tenham de suportar sofrimento e humilhação. Tenho sempre de escolher um lado. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o atormentado.” (Elie Wiesel 30/09/1928 – 02/07/2016).