O tabagismo é uma das maiores ameaças à saúde pública e mata mais de 8 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Mais de 7 milhões dessas mortes é resultado do uso direto do tabaco porém, cerca de 1,3 milhão, é resultado da exposição de não fumantes ao fumo passivo.
Estes dados fazem parte de um relatório divulgado nesta segunda-feira (31) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o apoio pela Bloomberg Philanthropies.
Cerca de 80% dos 1,3 bilhão de usuários de tabaco em todo o mundo vivem em países de baixa e média renda, onde a carga de doenças e mortes relacionadas ao tabaco é mais pesada. O relatório destaca ainda que o fumo passivo mata cerca de 50.000 crianças todos os anos. E, apesar da maioria dos países proibir as vendas a menores, cerca de 24 milhões crianças de 13 a 15 anos em todo o mundo fumam.
O relatório, ainda que preocupante, destaca o progresso nas medidas de controle do tabaco desde que foram introduzidas globalmente pela OMS, em 2007. De acordo com a organização, 5,6 bilhões de pessoas, 71% da população mundial, estão cobertas por uma das seis políticas de saúde consideradas pelo órgão da ONU como capazes de reduzir o impacto do cigarro. Cinco vezes mais do que em 2007.
A OMS estima ainda que, sem medidas de controle, haveria cerca de 300 milhões de fumantes a mais no mundo hoje.
Brasil
O Brasil é um dos quatro países a atingir o nível mais alto de controle do tabagismo, junto com Turquia, Ilhas Maurício e Holanda. Todos os países implementaram as seis medidas da OMS:
– Monitorar o uso do tabaco e as políticas de prevenção.
– Proteger as pessoas do uso do tabaco.
– Ofereça ajuda para parar de fumar.
– Alertar sobre os perigos do tabaco.
– Aplicar proibições de publicidade, promoção e patrocínio de tabaco.
– Aumentar os impostos sobre o tabaco.