Na última quarta-feira (21) o auxiliar de serviços gerais, Marco Aurélio Pereira de Souza, foi condenado a oito anos de prisão acusado do assassinato do primo, o mecânico Mário Junior Souza de Oliveira, de 48 anos, ocorrido em maio de 2021, no Jardim Califórnia, na zona Oeste de Marília.
O promotor de Justiça, Rafael Abujamra, e os advogados, Carlos Eduardo Thomé e Bianca Rodrigues, argumentaram aos jurados que o caso fosse desclassificado para homicídio privilegiado, alegando que o crime foi cometido após violenta emoção sofrida pelo réu.
Os jurados acolheram a tese e condenaram o réu por homicídio privilegiado. A juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado aplicou a pena de oito anos de prisão em regime fechado.
“Saímos satisfeitos do julgamento e com a pena imposta ao nosso cliente, pois ele está preso a mais de dois anos e na execução da pena vai para o regime semiaberto. Ele também tem mais um ano e oito meses de remissão da pena, e em poucos meses vai progredir para o regime aberto”, disse Thomé.
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), o crime ocorreu na madrugada do dia 29 de maio, em residência na rua Maestro Floriano de Souza. Por volta das 2h30, acusado e vítima teriam se desentendido, e Oliveira foi espancado com socos e chutes na cabeça.
O mecânico foi socorrido em estado grave por ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o Hospital das Clínicas (HC) de Marília, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Souza, em declaração aos policiais militares, disse que foi abusado sexualmente pela vítima durante a infância. Durante a madrugada, ele teria ingerido bebida alcoólica, quando a vítima lhe pediu que fizesse sexo oral. O fato fez com que ele relembrasse os atos sexuais do passado e iniciasse as agressões.
