Esperados nas festas juninas Brasil afora, além de bandeirinhas, danças e coisas típicas do período, os alimentos típicos de festa junina tiveram alta espantosa: o tradicional milho, já que o preço do alimento teve uma alta de mais de 40% no último ano.
Nos últimos anos, principalmente após a pandemia e o retorno dos eventos festivos de junho, muitos tiveram que apertar o bolso para fechar a conta no mês.
De acordo com um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o preço médio dos ingredientes juninos subiu 11,41% nos últimos 12 meses, número acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S), que ficou em 3,75%
O economista Matheus Peçanha explicou a alta: “quando os custos estão pressionados, o preço para o consumidor final geralmente sobe mais rápido, e quando os custos se despressurizam, esse repasse tende a demorar um pouco mais”. O milho, usado em pratos como curau e pamonha, subiu 43,48%, quase dobrando o valor comparado ao ano passado.
A farinha de mandioca (38.75%), batata doce (31,11%), ovos (29.79%) e o leite condensado (27,82%) foram outros alimentos que encareceram no período. Muitos desses essenciais no preparo de doces tradicionais, como cajuzinho.
As mudanças climáticas também interferem nos preços, já que efeitos inesperados afetam o plantio e, consequentemente, a produção e distribuição. Outro fator que contribui para a alta é a “luta” entre o mercado interno e externo. A expectativa é que os preços caiam no próximo trimestre, trazendo mais alívio no bolso e, quem sabe, curtir as já tradicionais festas “julhinas”.