Pais matam bebê de 3 meses porque ele ‘chorava muito’ 

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A Polícia Civil prendeu um casal em Itapevi, Grande São Paulo, neste sábado (8), suspeito de ter matado o filho de três meses porque ele “chorava muito”. 

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada pela médica que atendeu a criança no Pronto-Socorro Amador Bueno, após a profissional desconfiar da versão dada pela mãe da criança. 

A mulher teria dito que a criança morreu após se engasgar com o leito materno. Segundo o guia de encaminhamento assinado pela doutora, a criança “chegou com ambos os membros cianóticos (braços e pernas) roxos, rígidos e apresentando “lívido reticular” em todo o corpo, além de escoriação e hematomas e assaduras não tratadas”, sendo constatado o óbito pouco tempo depois da entrada da vítima na unidade hospitalar.  

Diante dos fatos, o caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia de Itapevi, que solicitou perícia na casa em que a vítima morava e exame necroscópico. 

Após o exame necroscópico apontar que não havia nada no estômago do bebê, nem em suas vias respiratórias, como relatado pela mãe como causa da morte, a prisão dos pais, identificados como Aline Nascimento Santos, de 24 anos, e Gabriel de Sousa Hyppolito, de 23 anos, foi solicitada. 

O casal foi conduzido à Delegacia Central de Itapevi para prestar um novo depoimento. A mãe então, acabou contando uma versão bastante diferente da primeira declaração. Ela disse aos policiais que não tinha amor pelo filho, que não o aceitava desde seu nascimento e relatou que amava mais o primeiro filho do que o bebê. 

A mulher ainda teria dito aos policiais que criança chorava muito à noite, que havia dias que estava bastante chorosa e não conseguia entender o motivo. Então, durante a madrugada, por volta das 04h de sábado, o bebê estava chorando e, na tentativa de fazer com que o filho parasse de chorar, o enrolou em um cobertor, colocou uma chupeta na boca dele.  

Em seguida, deitou a criança de bruços no carrinho, impossibilitando-a de respirar. A mãe contou também que a criança parou de chorar, ficou em silêncio, mas que ainda a ouvia respirar. Foi dormir e só acordou, por volta de 6h da manhã, quando o marido acordou para trabalhar e viu que o filho não estava respirando.  

O casal vai ficar preso temporariamente por 30 dias e pode responder por homicídio qualificado por meio que impossibilitou a defesa da vítima. 

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