Endividamento atinge 78% dos brasileiros em março 

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De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apesar de apontar estabilidade, o índice de endividamento continua alto no Brasil.  

Em março, 78,3% das famílias apresentaram dívidas, enquanto o percentual de renda comprometida ficou em 29,9%. A inadimplência, por sua vez, caiu para 29,4%. 

Do total de famílias com dívidas a vencer, como cartões de crédito, empréstimos, cheque especial e carnê de lojas, 17,1% consideravam-se muito endividadas.  

Para a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa, o orçamento apertado em janeiro e fevereiro acontece devido às despesas típicas do início de ano. 

A redução da contratação de dívidas avançou, sobretudo, entre os consumidores nas duas primeiras faixas de renda, de até três salários mínimos e de três a cinco salários mínimos. Já nas faixas de maior renda, entre cinco e dez salários e acima de dez salários mínimos, a proporção de endividados cresceu.  

“O Bolsa Família com valores maiores e as contratações formais de pessoas com menor nível de escolaridade têm auxiliado as famílias de menor renda no pagamento de dívidas”, explica Izis.  

Em relação ao comprometimento da renda com dívidas, o número caiu para 29,9%. Isso significa que a cada R$ 1 mil, o consumidor gastou, em média, R$ 299 com o pagamento de dívidas em março. De acordo com a CNC, esse valor é o menor desde fevereiro de 2020, período antes da pandemia de covid-19. 

Os consumidores que recebem até três salários mínimos, por exemplo, fecharam o trimestre dedicando 30,9% da renda para pagar dívidas. As famílias com renda entre cinco e dez salários mínimos, por outro lado, dedicaram 29,4% da renda para o pagamento de dívidas, enquanto aqueles com mais de 10 salários mínimos, 27%. 

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