Começam a entrar em férias coletivas a partir desta segunda-feira (27), cinco mil trabalhadores da Volkswagen e da General Motors (GM) nas fábricas de Taubaté e São José dos Campos, em São Paulo.
As montadoras atribuem a medida à desaceleração do mercado, principalmente devido à alta taxa dos juros praticada pelo Banco Central (BC), que reduz o consumo pela dificuldade de concessão de crédito.
Em relação à falta de componentes eletrônicos, como semicondutores, as montadoras alegam melhorias no abastecimento, mas que ainda há necessidade de ajustes para estabilizar a produção.
Conforme apontam dados do setor, a demanda por carros novos foi reduzida com o encarecimento do crédito e a redução do poder de compra da população, que diminuiu o potencial de financiamento.
Com isso, a redução na produção e a concessão de férias coletivas atinge várias montadoras do país, como as fábricas da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, e Hyundai, em São Paulo; e em unidades que produzem marcas como Peugeot, Citröen e Fiat, em Goiana, interior de Pernambuco.
A redução na produção da Volkswagen também refletiu na sua fábrica de motores. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos São Carlos (SP), a unidade instalada no município concederá férias coletivas aos funcionários do terceiro turno a partir de 10 de abril.
O afastamento de cerca de dois mil trabalhadores da Volkswagen será inicialmente por 10 dias, quando, findo esse período, outros 900 funcionários entram em férias coletivas.
Na General Motors, três mil funcionários, sendo 80% da produção, retornam inicialmente no dia 13 de abril.