Sigilo de 100 anos decretados por Bolsonaro começa a ser revogado por Lula

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Como prometido em campanha, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a revogar a imposição do sigilo de até 100 anos a documentos de Jair Bolsonaro e família, além de atividades de Inteligência.

A primeira medida nesse sentido retirou o sigilo da lista de pessoas que visitaram a residência oficial do ex-presidente e liberou os nomes de pessoas que se encontraram com Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada, entre 2021 e 2022, em Brasília. 

Ao todo, 565 pessoas estiveram na residência oficial para ver Michelle neste período.

Uma listagem, publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, mostra que a diretora de Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação, Nídia Limeira de Sá, foi a pessoa que esteve com maior frequência no palácio para encontrar-se com a ex-primeira-dama. Nídia esteve no Alvorada 51 vezes.

O pastor da Igreja Batista Atitude em Brasília, Claudir Machado, esteve 31 vezes no Palácio da Alvorada. Já a cabeleireira Juliene Cunha esteve 24 vezes na residência oficial.

Bolsonaro também impôs sigilo de 100 anos em documentos e registros de entradas de seus filhos no Palácio do Planalto.

A liberação da lista do Palácio da Alvorada ocorreu após decreto assinado em 1º de janeiro, quando o presidente Lula determinou que a Controladoria-Geral da União revise, em até 30 dias, a imposição do sigilo.

A CGU foi encarregada de verificar quais atos não têm ligação com dados pessoais e com a segurança nacional. O despacho aponta que as decisões do ex-presidente banalizaram o sigilo no Brasil e caracterizam claro retrocesso à política de transparência pública.

Nesta quinta-feira (12), o governo federal divulgou o detalhamento dos gastos em cartões corporativos da Presidência da República durante a gestão Bolsonaro.

Os dados divulgados mostram que o ex-presidente gastou R$ 27,6 milhões em cartões corporativos em quatro anos. O valor inclui o cartão pessoal de Bolsonaro e, também, outros cartões usados por ajudantes de ordens e funcionários da presidência.

Os dados foram incluídos dia 6 no repositório de informações classificadas da Secretaria-Geral da Presidência da República e identificados nesta semana pela agência de dados públicos Fiquem Sabendo – especializada em pedidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI).

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