O partido de Jair Bolsonaro, PL, pediu à Justiça Eleitoral do Paraná a cassação do mandato do ex-juiz, ex-ministro e senador eleito, Sergio Moro (União Brasil-PR), por suspeitas de irregularidades financeiras durante sua campanha eleitoral.
O foi responsável por mover a ação foi diretório estadual do PL no Paraná, mas tem o aval do presidente nacional, Valdemar Costa Neto.
A intenção do partido é a realização de novas eleições para o cargo e que o deputado federal Paulo Martins (PL), segundo lugar nas urnas, assuma o posto interinamente. O processo corre sob sigilo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná.
A legenda pede na ação, para que supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas por parte da campanha de Sérgio Moro sejam investigadas pela Justiça Eleitoral.
O partido solicita ainda a quebra de sigilo das contas de Moro, de seu suplente, Luis Felipe Cunha, e de empresas (e sócios) que atuaram na campanha, além de pedir que sejam feitas buscas e apreensões em endereços ligados ao ex-ministro.
A esperança do partido de Bolsonaro é conseguir retirar Moro do cargo, o que levaria à realização de uma nova eleição. A avaliação é que Paulo Martins seria favorito para vencer o novo pleito.
Na disputa em 2 de outubro, o ex-juiz teve 1.953.188 votos, com 33,5% dos votos totais. Paulo Martins foi o 2º mais bem votado no Estado, com 1.697.962 votos (29,12%).
Em seu perfil no Twitter, ao comentar o pedido de cassação do PL do Paraná, Moro disse que “nada teme” porque sabe da “lisura” de sua eleição. Afirmou que se impressiona “que há pessoas tão baixas”. “O que não conseguem nas urnas, tentam no tapetão”, escreveu.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou julgamento sobre o pedido de impugnação da candidatura de Sergio Moro para o próximo dia 15. A decisão determinará se o ex-ministro assume ou não a cadeira no Senado pelo Paraná, cargo para o qual o ex-juiz e ex-ministro se elegeu na eleição deste ano.
O registro de candidatura de Moro foi contestado pela Federação Brasil da Esperança no Estado, que inclui PT, PCdoB e PV, acusando-o de não ter cumprido o prazo legal de filiação.