Inadimplência atinge 68,4 milhões de brasileiros devido a desemprego e carestia

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Bolsonaro se despede da Presidência deixando 68,39 milhões de brasileiros endividados.

O Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas, da Serasa Experian, aponta que o número registrado em setembro bateu novo recorde, representando o nono aumento consecutivo no universo de pessoas com contas atrasadas, um aumento de 411 mil ante agosto.

Apontado por 29% dos consultados, o principal motivo para estarem endividados, é o desemprego. Em 2020, esse percentual alcançou 40% dos brasileiros que tinham dívidas em aberto.

Em segundo lugar, a população aponta a carestia como principal motivo para terem contraído dívidas, desdobramento da inflação galopante dos últimos dois anos.

O cenário econômico nacional como um todo é o terceiro motivo que mais favoreceu o aumento da inadimplência, aponta o Serasa.

Com a economia estagnada, juros elevados e a renda achatada, os brasileiros veem seus orçamentos minguarem e cada vez se endividam mais.

A pesquisa também afirma que o número de dívidas com mais de um ano de atraso cresceu, sendo 71% dos débitos. Em 2021, eram 67% dos endividados. Além disso, há uma taxa alta de desconhecimento em relação ao valor da dívida para 59%, dado a incidência de juros e tarifas.

O cartão de crédito, que concentra a maior parte das dívidas (29,45%), é um exemplo de cobrança de juros abusivos que fogem do controle da população, já que permitem que os bancos cobrem taxas de quase 400% ao ano, por exemplo, no rotativo do cartão. Muitas famílias passaram a recorrer ao crédito para as compras mensais diante do aumento da inflação, especialmente dos alimentos.

Em segundo lugar, as dívidas estão concentradas nas contas básicas – como água, luz e gás (21,86%). Outra parcela (12,38%) deve para o varejo. 

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