Carla Zambelli, que é investigada por ameaça armada, diz que não fugiu para os EUA

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Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal bolsonarista, negou que tenha viajado para os Estados Unidos para fugir da Justiça brasileira, mas para “agendas pessoais” e “estudar meios de assegurar a liberdade de expressão no Brasil”.

Um dia antes das eleições, no sábado (29), a parlamentar apontou um revólver contra um jornalista negro, eleitor de Lula, no meio da rua por uma discussão política. O porte de armas no dia e nos dias anteriores à eleição estava proibido.

A Polícia e a Justiça de São Paulo enviaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início da semana a investigação do caso.

Na segunda-feira (31), os autos do inquérito foram enviados pelo delegado Sebastião Mariano Cavallaro ao STF. A petição foi autuada nesta quinta-feira, 3, e distribuída à ministra Cármen Lúcia, a quem caberá analisar os documentos, entre os quais depoimentos da deputada e de seu segurança, de Araújo, e dos policiais militares que atenderam à ocorrência.

“Em relação a eventual conduta irregular praticada pela Deputada Federal será encaminhado o referido expediente ao Supremo Tribunal Federal”, escreveu o delegado em seu relatório final, apresentado à Justiça paulista.

A deputada foi alvo de outras ações no STF por causa do caso em São Paulo. Uma delas é uma notícia-crime movida pelo PT por possíveis crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal, racismo, perigo para a vida ou saúde de outrem e crime eleitoral. O ministro Gilmar Mendes enviou a ação à Procuradoria-Geral da República para manifestação.

Ela alegou que o homem a havia empurrado e, por isso, reagiu sacando um revólver. As filmagens mostram que ela mentiu e caiu sozinha.

As redes sociais de Zambelli foram bloqueadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois que ela apoiou as manifestações golpistas que foram realizadas em estradas depois da confirmação de que Bolsonaro perdeu as eleições para Lula.

“Parabéns, caminhoneiros. Permaneçam, não esmoreçam”, publicou a bolsonarista.

As manifestações golpistas tentam tumultuar o país depois que Lula foi eleito, além de pedir a intervenção das Forças Armadas, deixando Jair Bolsonaro no poder.

Em nota à imprensa, Carla Zambelli falou que “não divulguei a viagem aos Estados Unidos simplesmente porque não tenho onde publicar”

“Estou no meio desse movimento de contenção, repressão e ataque à Liberdade. Estou cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”, continuou.

As redes sociais da parlamentar estão suspensas até o dia 19 de dezembro, data final para a diplomação de Lula e Alckmin como presidente e vice. Para cada conta que ela tentar criar para driblar a restrição serão cobrados R$ 100 mil de multa.

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