Homem sofre acidente, tem as pernas amputadas, e família recebe os órgãos em uma caixa de papelão

Brasil Últimas Notícias Variedades

No último domingo uma família viveu uma situação extremamente desagradável devido à falta de organização de um hospital na cidade de Paraíso, Tocantins.

Deonir Teixeira da Paixão, de 46 anos, foi vítima de um grave acidente de motocicleta junto com a namorada na entrada da cidade e teve que amputar uma das pernas.

Internado às pressas, ele também precisou amputar a outra perna durante a cirurgia.

A família da vítima foi chamada pelo hospital para assinar um termo de compromisso e receber os membros. Não bastasse a situação, as pernas foram entregues dentro de uma caixa de papelão com um “bilhete” acima.

“Membro inferior direito sem o pé e membro inferior esquerdo com o pé. Obs: falta um pedaço da perna direita também”, dizia o recado.

“O hospital nos entregou em mãos. Disseram que se a gente não recebesse para enterrar eles iriam descartar no lixo hospitalar. Não avisaram nada de que iriam enterrar ou incinerar tudo direitinho. Aproveitaram da fragilidade do filho, do irmão, que acabaram de passar por uma situação muito grave. Muito constrangedor isso aqui”, disse uma sobrinha da vítima.

Os parentes procuraram uma funerária para saber como proceder, mas ouviram dos funcionários que nunca haviam presenciado uma situação como essa.

“O filho que recebeu o material está em estado de choque. Chamamos a funerária porque não sabíamos o que fazer. Receber o resto de uma pessoa e enterrar no fundo de um quintal? Era 30% do corpo dele. As duas pernas inteiras”, comentou a sobrinha.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a situação foi ocasionada por uma falha de comunicação e uma empresa deveria ter ficado responsável pelo descarte dos órgãos.

As pernas da vítima foram levadas ao cemitério da cidade nesta segunda-feira (10), mas não foram enterradas por causa da falta de documentação necessária.

Já o rapaz foi transferido à UTI do Hospital Geral de Palmas por conta da gravidade do caso.

Compartilhar esta notícia agora: