Preços de produtos de higiene pessoal disparam e 31% da população brasileira é forçada a cortar sabonete e xampu da lista de comprar

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Os preços dos produtos de higiene pessoal acumularam alta de 10,42% nos últimos 12 meses até agosto. Só o preço do sabonete subiu 27,27% no período.

Devido a isto, os brasileiros mais pobres estão se vendo obrigados cortar itens como sabonete da sua lista de compras

A situação se agrava ainda mais com os preços dos alimentos que estão absurdamente caros. Em um ano, a alimentação do domicílio acumula alta de 17,37%.

Neste sábado (3) um sobre hábitos de higiene e consumo feito pela consultoria Kantar, que foi publicado no jornal O Estado de São Paulo mostra que diante desta situação, os trabalhadores de baixa renda, ao irem fazer as compras nos supermercados, são obrigados a ter de fazer escolhas não apenas de alimentos, mas também na hora de usar produtos básicos de higiene pessoal, como sabonete e xampu, 31% dos brasileiros cortaram o sabonete e xampu da lista de compras.

De acordo com a pesquisa Kantar, no segundo trimestre deste ano, aumentou em 9% o número de banhos sem uso de sabonete entre os que tomam o segundo banho diário, comparado ao mesmo trimestre de 2018.

“Não é que os brasileiros estejam abandonando o sabonete, mas um em cada cinco banhos é apenas com água, e essas ocasiões são feitas por cerca de 31% da população”, disse Jenifer F. Novaes, executiva sênior da consultoria e responsável pela pesquisa.

A consultoria monitora diariamente o comportamento de 4 mil pessoas, por meio de um aplicativo. Os hábitos de higiene desse grupo representam um universo de 115 milhões de brasileiros, pouco mais da metade da população do país. Hoje, quase 70% da população toma dois banhos diariamente.

Desde o último trimestre do ano passado até o segundo trimestre deste ano, a trajetória da quantidade de banhos sem o uso de sabonete vem progredindo e aumentou 3,9%, observa a pesquisa, que aponta que o crescimento de banhos só com água ocorreu apenas entre os brasileiros das classes D e E, segmento no qual a renda média individual é de R$ 791,63, equivalente a 65% do salário mínimo.

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