De janeiro a junho do ano, os saques da caderneta de poupança, superaram depósitos em R$ 50,489 bilhões no período. O montante é 40% superior a tudo que foi sacado no ano passado ou R$ 35,469 bilhões.
Nos seis primeiros meses deste ano, os saques na poupança somaram R$ 1,808 trilhão. Já os depósitos totalizaram R$ 1,758 trilhão. Este é o maior volume de resgate já registrado na série histórica do Banco Central desde janeiro de 1995.
Só em junho, a poupança teve saída líquida de R$ 3,775 bilhões. Os saques somaram R$ 312,369 bilhões, contra R$ 308,613 bilhões de depósitos. O volume total de recursos da poupança em junho foi de R$ 1,013 trilhão.
Os dados constam do Relatório de Poupança divulgado pelo Banco Central (BC) no dia 7 de julho.
Com carestia e desemprego elevado, a caderneta de poupança, o mais importante instrumento da economia popular do país, vem sofrendo o impacto da queda na renda do trabalhador no governo Bolsonaro com a disparada da inflação, que em 12 meses até junho atingiu 11,89%.
A escalada de juros, com a taxa Selic a 13,25% ao ano, também prejudica a tradicional caderneta de poupança que segue com o rendimento travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial), perdendo para a inflação e para outras aplicações de renda fixa.