Desde o ano passado, o governo federal descumpre o envio de, afetando a população de Marília.
Outras regionais do Estado de São Paulo também têm sofrido com o problema.
A Secretaria Estadual de Saúde solicitou a regularização imediata dos envios, assim como um plano de contingência para evitar novas interrupções.
De acordo com a pasta, a partir dos últimos três meses de 2021, o atraso na entrega ou o envio de quantidades menores que as programadas chegaram a afetar o abastecimento de 98% dos 134 medicamentos de responsabilidade de financiamento e aquisição do Ministério da Saúde.
Estes medicamentos são distribuídos pelos estados e em São Paulo, chegam até os pacientes através da dispensação feita pelas Farmácias de Medicamentos Especializados do Estado (Medex).
Na cidade de Marília, que conta com uma delas, as reclamações por parte da população têm sido contínuas devido às falhas constantes no recebimento dos remédios que necessita. A maior parte das reclamações tem sido em relação as medicações de doenças crônicas, como diabetes, ou degenerativas, como Alzheimer.
“A lista de 134 medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde atende mais de 574 mil pacientes no estado de São Paulo, o que corresponde a 68% das pessoas que procuram as Farmácias de Medicamentos Especializados do Estado”, informou a Secretaria Estadual de Saúde.
A demora e interrupção na entra e envio dos medicamentos em quantidades suficientes pelo Governo Federal, além de ter impacto na saúde da população, tem gerado ações judiciais contra o Governo do Estado de São Paulo.
“São medicamentos de relevância para tratamentos e de alto custo”, frisou a Secretaria Estadual da Saúde, que contabilizou um impacto de R$ 32 milhões no orçamento do ano passado devido à judicialização.
O governo federal tem sido cobrado pelo Estado por meio de ofícios desde o terceiro trimestre do ano passado, quando os atrasos no envio dos remédios e a sua falta passaram a ocorrer de forma mais grave.
Foram solicitadas providências ao Ministério da Saúde para a regularização imediata do abastecimento dos remédios e um plano de contingência para evitar a falta de estoque entre uma entrega e outra.