O governo fixou o salário-mínimo de 2022 em R$1212 acertando o índice de inflação do ano e não havendo necessidade de fazer reajustes ao benefício.
O novo valor corresponde a um aumento de 10,18% em relação ao valor de 2021 que era de R$ 1110.
O aumento é quase o mesmo do percentual de inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e divulgado pelo IBG nesta terça-feira, que fechou em 10,16%.
O INPC mede a inflação de famílias com rendimento mensal de um a cinco salários, cuja pessoa de referência é assalariada. Esse índice também reajusta os benefícios do INSS acima do mínimo.
O reajuste do salário-mínimo tem um impacto direto nas contas públicas. Cada um real a mais no piso nacional representa um aumento de R$ 364,8 milhões nas despesas federais. A diferença ocorre porque a maior parte das aposentadorias do INSS são atreladas ao mínimo.
Ao longo do atual governo, os reajustes foram limitados as reposições inflacionárias, sem aumento real. Mas em 2021, o salário-mínimo de R$ 1.100 ficou abaixo da inflação registrada em 2020.
O reajuste concedido foi de 5,26%, e fez com que o benefício subisse de R$ 1.045 para R$ 1.100 não acompanhando a inflação de 2020, que foi de 5,45%, o que corresponderia a mais R$ 2 no benefício.
Não existe uma política de reajuste para o salário-mínimo, que vem sendo corrigido apenas pela inflação. A Constituição determina que o piso tenha “reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo”.