Pois é servidores (as) municipais de Marília, enquanto lutamos em defesa de nossos Direitos de Trabalhistas contrários aos mandos e desmandos do processo de aprovação das reformas Previdenciária e Administrativa, sem ao menos termos o direto de fala, os poderes Executivo e Legislativo aprovam suas autopromoções salarias.
Os Projetos de Leis 203/2021 e 204/2021 demonstram visivelmente as diferentes esferas de poder político-econômico existentes entre os poderes Executivo, Legislativo x Classe Trabalhadora, ou seja, a classe dos(as) servidores(as) municipais de Marília.
Em pleno momento histórico de pandemia, congelamento de direitos, perdas inflacionárias, somos ainda mais afetados(as) duramente com perdas de direitos como aposentadoria especial, idade mínima ampliada para aposentadoria de apenas 70% dos vencimentos, ampliação do tempo de contribuição previdenciária…enfim, somos cada vez mais atacados(as) pelo sistema voraz e cruel da política do Estado Mínimo.
Frente aos altos reajustes dos vencimentos em benefício próprio determinado pelos poderes Executivo e Legislativo nos indagamos; são mesmos os servidores(as) que trabalham na linha de frente para bem atender a população que oneram os cofres públicos a ponto de ser necessária a existência de aprovações de REFORMAS???
Nos cabe refletir, lutar e, jamais desistir da igualdade de direitos, ou seja, será que pensar assim é uma mera UTOPIA? Por que há tantas desigualdades, principalmente entre aqueles que, verdadeiramente, contribuem para o bem-estar social da sociedade? De acordo com a Carta Magna (CF,1988) somos todos iguais perante a lei!
Diante dos 73 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada e homologada em Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1948, podemos considerar que o processo de luta por igualdade de direitos ainda não se encontra, de fato, garantida pela esfera jurídica, política e econômica da sociedade mundial e, muito menos, regional e local. Infelizmente, ainda impera o despotismo dos poderes Executivo e Legislativo sobre a classe trabalhadora que resiste às amarras da opressão e luta continuamente por igualdade de direitos na esfera das relações humanas entrelaçadas pelas demagogias e discursos político-econômicos de que a contenção de despesas públicas perpassa pelo processo de deterioração, sucateamento, terceirização e privatização dos serviços públicos. Mas, conclamamos a sociedade para que acompanhem e analisem a atuação dos poderes Executivo e Legislativo, pois estão desconsiderando o contexto histórico político-econômico da sociedade contemporânea como o aumento acelerado das desigualdades sociais, da fome, da miséria e da calamidade humana instaurada na sociedade.
Assim, enquanto houver vida, consciência de classe, força para lutar e resistir, haverá UTOPIA!!!
Vanilda G. Lima
Presidenta SINDIMMAR