O piso mínimo do frete rodoviário deve ser atualizado devido ao último aumento no preço do óleo diese de 8,9% anunciado na manhã da terça-feira (28).
Pela legislação a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) tem que reajustar a tabela do frete a cada seis meses ou quando a variação no preço do diesel for igual ou maior que 10%.
Desde a última atualização do piso em 3 de março o aumento já acumula 17,1%.
Foram oito reajustes consecutivos, sendo cinco de alta e três de queda.
O reajuste mais recente da tabela do frete foi feito em 14 de julho, pelo método semestral. De acordo com o Presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, o reajuste deve ser feito de imediato com a nova alta do diesel.
“A ANTT precisa fazer reajuste na tabela. A atualização a cada seis meses não interfere na revisão pelo gatilho. Deu 10% de variação, mesmo que tenha feito reajuste da planilha semestral, é obrigatório fazer pelo gatilho. Já superamos os 10%”, disse Landim, conhecido como Chorão, ao Broadcast Agro.
Uma possível paralisação dos transportadores rodoviários, motivada pelos elevados preços do diesel, não é descartada.
“Estamos avisando que estamos no limite. O combustível está subindo sucessivamente. Precisamos tomar uma atitude mais enérgica”, defendeu Chorão. “Não concordamos, porém, que isso seja feito somente pelos caminhoneiros. É preciso incluir todo setor de transporte como taxistas e motoristas de aplicativos, que também são afetados pelo preço do combustível”, acrescentou o presidente da Abrava.