Levantamento do Detran.SP mostra que desde 2015 houve queda de 1.383 óbitos no trânsito paulista

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Reduções de mortes mais expressivas registradas durante esse período aconteceram entre pedestres e ocupantes de automóveis

Entre janeiro de 2015, quando o Programa Respeito à Vida lançou o sistema Infosiga, e agosto de 2021, houve uma redução de 1383 mortes no trânsito paulista. No ranking das vidas que não foram perdidas durante esse período destaca-se a queda de óbitos entre os pedestres, que foi de 651. Na sequência estão acidentes cujas causas não são especificadas no momento da ocorrência, com uma redução de mortes de 488.

Outro destaque positivo nessa estatística é a diminuição de mortes de ocupantes de automóveis, que foi de 321. Entre outros modais (que incluem veículos como patinete, skate e trator) houve uma queda de 47 óbitos entre janeiro de 2015 e agosto de 2021.

Os modais que registraram maior aumento de vítimas fatais nesse período foram o de bicicletas, que teve um crescimento de 62 casos, e o de motocicletas, com um acréscimo de 30 óbitos. Entre os ocupantes de ônibus o crescimento de mortes foi de 21 casos e entre os de caminhão, 11.

“São Paulo só registrou queda nos óbitos em sinistros de trânsito graças às ações do Respeito à Vida, que tem merecido toda a atenção do governador João Doria e do vice Rodrigo Garcia. O tratamento para um trânsito ainda doente passa por educação e investimento, mas também por capacitação, sinalização e cidadania”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

Infosiga Agosto

Os números mais recentes do Infosiga apontam uma redução de 6,5% nos óbitos no trânsito paulista no comparativo entre agosto de 2020 e agosto de 2021. No mês passado foram registradas 419 mortes, contra 448 no mesmo mês do ano passado, uma queda de 29 casos.

Entre os modais, o que teve maior queda na comparação entre agosto de 2020 e agosto de 2021 foi o de automóveis, com uma redução de 16,8% de mortes, seguido de motocicletas (queda de 12,9%) e bicicletas (queda de 7,7%). O único modal que registrou aumento de óbitos no período foi o de pedestres: acréscimo de 11,2%.

No acumulado entre janeiro e agosto de 2020 e 2021, houve um acréscimo de 2,4% de óbitos de trânsito no Estado, de 3.121 para 3197 casos, em especial como consequência dos altos índices de isolamento social verificados ano passado.

Sobre o programa Respeito à Vida

Programa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.

O Respeito à Vida também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no Brasil, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de trânsito nos 645 municípios do Estado. O programa mobiliza a sociedade civil por meio de parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.

Diversas medidas têm sido adotadas para reduzir a mortalidade relacionada nas rodovias do Estado de São Paulo. Entre elas, algumas de maior impacto podem ser destacadas.

Velocidade no atendimento

A redução no tempo de atendimento às vítimas de acidentes pode reduzir a mortalidade em até 60%. Em rodovias, esse aspecto é ainda mais relevante, dado os tempos naturalmente dispendidos entre o deslocamento da equipe de resgate até o local do acidente e, em situações mais graves, dali para o hospital mais próximo. Os socorristas chamam esse período crítico de “A Hora de Ouro”, que é absolutamente relevante para as estatísticas de salvamentos de acidentes de trânsito.

Iluminação em trechos urbanos

Estudos indicam forte redução de mortalidade em trechos urbanos de rodovias que foram iluminadas. Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas referentes ao impacto sobre os acidentes da iluminação em vias previamente não iluminadas concluiu pela de redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.

Cinto de segurança no banco traseiro

Uma pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) em rodovias concedidas indicou, em 2019, que em torno de 10% das pessoas não usam o cinto de segurança nos bancos dianteiros e 30% no banco traseiro. Essa prática é de extrema importância e vem sendo estimulada por meio de campanhas educativas e fiscalização, uma vez que estudos indicam redução de mortalidade em torno de 25% para ocupantes do banco traseiro e 45% para os bancos dianteiros.

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