VEREADOR DR. ELIO AJEKA FAZ REFLEXÃO SOBRE ESCOLA INCLUSIVA, A PARTIR DE COMENTÁRIOS FEITO PELO MINISTRO DA EDUCAÇÃO

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            Na última sessão da câmara municipal, o vereador Dr. Elio Ajeka comentou sobre a fala do Ministro da Educação Milton Ribeiro.

            O ministro demonstrou um entendimento equivocado e uma visão distorcida em muitas de suas falas. Em uma de suas manifestações ele disse que crianças com deficiência são de “impossível convivência”, o que demonstrou insensibilidade e uma percepção deturpada do melhor caminho para a inclusão, tão discutida no meio social atualmente.

            Nos últimos anos, apesar de ainda haver obstáculos, o Brasil avançou em direção à inclusão. Em 2020, segundo o Censo, o país detinha 1,3 milhões de crianças e jovens com deficiência na educação básica, porém, o Ministro alega que desse total, 12% dos alunos com deficiência são de “impossível convivência”, e que o governo não criou as chamadas Salas Especiais para gerar a inclusão.

               De acordo com o Vereador “Acredito que separar alunos com deficiência do restante é um retrocesso em uma política que vem sendo construída no Brasil nos últimos 30 anos. Estudos em todo o mundo, demostram que estudantes com deficiência em escolas inclusivas, aprendem mais, têm maior autonomia, acessam com maior facilidade o ensino superior e o mercado de trabalho”.

               Desde 2008, o Brasil tem uma Politica nacional de Educação Especial que prioriza crianças com deficiência, para que estas estudem em salas de aulas comuns. A inclusão não é uma discussão, é um direito, e nos últimos anos o Governo Federal criou dispositivos legais que asseguram tal inclusão. Nesse mesmo sentido, foram criados os decretos nº 6.094, que estabeleceu como diretriz a garantia do acesso e da permanência dos estudantes com deficiência na escola; o decreto nº 6949, que define a obrigatoriedade de um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino; e por fim, o decreto nº 7.611, que institui o atendimento educacional especializado gratuito e transversal a todos os níveis de ensino.

               De acordo com o Edil  “ Estamos caminhando e lutando há anos pela inclusão, pensar que crianças com deficiência são de ‘impossível convivência’, é um retrocesso, e adotar a solução de escolas exclusivas para esses estudantes,  é favorecer a segregação. É direto da criança estar em convívio em uma escola comum.”

            Ainda de acordo com o vereador “A ideia é possibilitar a convivência de todos de maneira igualitária, respeitando as diferenças entre os indivíduos e mostrando desde logo que tais divergências são normais e devem ser respeitadas, para um convívio harmônico em sociedade” que finalizou dizendo “Incluir é dividir o espaço, é conviver”.

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