“QUANDO A POLÍTICA VIRA ASSUNTO DE FAMÍLIA, A JUSTIÇA BATE À PORTA”, DIZ DECISÃO QUE AFASTA PREFEITA DE UBIRAJARA

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Ditado antigo já avisava: onde há fumaça, há fogo. E em Ubirajara (SP), o fogo político ganhou proporções judiciais.

A prefeita Leila Alvim Bordim (MDB), eleita nas eleições de 2024, foi afastada do cargo por decisão judicial após nomear o próprio marido, Walmir Bordim, como chefe de gabinete da Prefeitura. A decisão foi expedida na última terça-feira (16), após denúncia do Ministério Público, que apontou nepotismo e tentativa de driblar a lei.

UMA ELEIÇÃO MARCADA POR VIRADAS E CONTROVÉRSIAS

Leila só entrou de vez na disputa pelo Executivo municipal depois que o marido teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Walmir Bordim, que era o pré-candidato do MDB, foi barrado por conta de condenação por improbidade administrativa, ligada a irregularidades na prestação de contas quando foi prefeito, em 2015.

Como diz o povo: “a pressa é inimiga da perfeição”. Em um movimento rápido, Leila renunciou à candidatura de vereadora — cargo ao qual havia se registrado inicialmente — e assumiu a corrida pela Prefeitura, saindo vitoriosa nas urnas.

CONDENAÇÃO, DIREITOS SUSPENSOS E PORTA FECHADA

Walmir Bordim já havia sido vice-prefeito eleito em 2012, assumindo a Prefeitura em 2014 após a morte do então prefeito José Olderige (PP). Porém, com a condenação por improbidade, teve os direitos políticos suspensos por três anos, o que o impede de exercer cargo público.

Mesmo assim, Leila o nomeou como chefe de gabinete, cargo comissionado que, segundo a Justiça, não se enquadra como função política, diferente de secretarias. O Ministério Público alertou previamente sobre a ilegalidade, mas a prefeita apenas mudou o nome do cargo, mantendo as mesmas atribuições — tentativa considerada irregular pela Justiça.

Como diz outro ditado popular: “trocar seis por meia dúzia não engana ninguém”.

AFASTAMENTO E MEDIDAS RIGOROSAS

Com a decisão, Leila ficará afastada por 90 dias, prazo que pode ser prorrogado por mais 90. Durante esse período, quem assume o comando do município é o vice-prefeito Eder Augusto dos Santos, o Santari (MDB).

Já Walmir Bordim teve a nomeação suspensa, está proibido de acessar a Prefeitura ou manter contato com servidores, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. O casal tem 30 dias para recorrer da decisão.

POLÍTICA, LEI E OPINIÃO PÚBLICA

O caso reacende o debate sobre nepotismo, ética na administração pública e respeito às decisões judiciais, temas que seguem ecoando forte entre a população. Afinal, como ensina a sabedoria popular: “quem não deve, não teme”.

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Comentário do JP JORNAL O POPULAR

A política precisa servir ao povo, não aos interesses de família. Quando a linha entre o público e o privado se confunde, a democracia perde e a Justiça precisa agir. O caso de Ubirajara deixa uma lição clara: cargo público não é herança e prefeitura não é quintal.

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